Internacional
Estudo mostra como maioria dos alemães se infecta
Relatório de agência sanitária do governo alemão aponta que é nos próprios domicílios e em lares de idosos que o coronavírus mais se alastra. Abrigo de refugiados também tem altas taxas de infecção.
Asilos de idosos e domicílios são responsáveis pela maior parte das transmissões de coronavírus da Alemanha, segundo um estudo do Instituto Robert Koch (RKI), uma agência do governo alemão.
O estudo, publicado na sexta-feira (21/08), constatou que a maioria dos surtos de coronavírus na Alemanha ocorre dentro de casa, com uma pessoa infectando em média outras 3,2. Nesses casos, a transmissão provavelmente só ocorreu entre familiares.
Os lares de idosos são os segundos mais afetados pela pandemia, mas o risco de infecção generalizada é muito maior, com um surto que resulta em uma média de quase 19 outras infecções.
Segundo o estudo, os abrigos de refugiados enfrentam o maior risco de infecções no caso de um surto de covid-19, com uma média de 21 infecções por foco da doença – mais do que em qualquer outro lugar.
“Além de surtos individuais que se tornaram conhecidos em todo o país, há transmissões no ambiente familiar e doméstico que não levam necessariamente a muitos casos secundários e mostram apenas alguns casos por surto, mas aparentemente ocorrem com muita frequência”, afirma o estudo.
“A convivência em lares de idosos parece frequentemente levar à transmissão, mas as infecções ao ar livre são muito menos comuns”, acrescenta, listando os parques e zoológicos como menos propensos a resultar em infecções generalizadas.
As escolas na Alemanha, por outro lado, não estão levando a grandes novos focos da doença no momento, com apenas 31 surtos e 150 contágios até aqui, de acordo com o RKI. E apenas um pequeno número de casos pôde ser rastreado até restaurantes, hotéis e escritórios.
A maioria das escolas na Alemanha fechou am março, antes da maioria de outros estabelecimentos em todo o país. Milhões de pessoas trabalham de casa desde então.
O estudo observa que surtos em transportes públicos, como trens, são difíceis de avaliar, devido a dificuldades em rastrear a identidade dos infectados.
O RKI destaca que encontrar a fonte das infecções não é sempre confiável. Os números baseiam-se em apenas cerca de 27% de todas as infecções que puderam ser relacionadas a um local específico do surto.