CIDADE
Terapia com cães no tratamento de pacientes do Metropolitano é ressaltada pela vereadora Fabíola Rezende
Pacientes e acompanhantes do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, localizado em Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa, agora vão contar com visitas quinzenais do Projeto Terapet, cujos cães terapeutas estão entrando no ambiente hospitalar para promover uma mudança de ares e transformar a rotina da internação. A primeira visita dos cachorros à unidade hospitalar gerenciada pela Fundação PB Saúde ocorreu nesta sexta-feira, dia 17.
Estudos científicos já comprovaram que o contato com esses pets ajuda a liberar os chamados “hormônios do bem”. Para a vereadora Fabíola Rezende (PSB), da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), a iniciativa que vem sendo colocada em prática na rede estadual de saúde da Paraíba está caminhando para uma atividade corriqueira e deveria ser adotada também nos municípios. “É uma prova de que o contato, o carinho e o amor desses animais contribuem para a recuperação das pessoas em tratamento hospitalar”, ressalta Fabíola.
O simples ato de acariciar e interagir com esses animais aumenta a produção de endorfina (considerada um analgésico natural) e serotonina (que atua no cérebro regulando humor, sono e apetite) e reduz as taxas de cortisol (relacionado ao estresse). Essas alterações metabólicas foram perceptíveis já nos primeiros momentos de interação com os cães no Metropolitano que, com seus comportamentos dóceis e carinhosos, estampavam sorrisos largos nos pacientes que foram beneficiados com essa terapia.
Assim aconteceu com a pequena Maria Rayssa, 5 anos, do município de Aroeiras, interna para realizar uma angiografia para tratamento neurológico. Agradecida, a mãe da paciente, Ellen Mídia Silva, relatou a ansiedade que sua filha estava para o contato com os pets. “Desde que a enfermeira avisou que os cães chegariam ao hospital, minha filha ficou muito feliz e durante toda a visita ela não parou de interagir e brincar com os animais. Quero agradecer a todos os envolvidos por proporcionar tamanha alegria para todos nós”, relatou a mãe da paciente.
De acordo com a presidente da Terapet, Kariny Quidute, os momentos de visitas transformam o dia de todos os envolvidos. “A resposta sempre foi maravilhosa, toda vez que a gente faz a visita é uma emoção diferente. Eu estou há três anos à frente do projeto e não me acostumei, porque são reações que a gente guarda para a vida. Tem paciente que não consegue se comunicar e quer brincar, outros que têm medo de cão e se aproximam quando veem, pois se sentem protegidos com os cães que são dóceis. Inclusive não só os pacientes, como também a própria equipe assistencial, os pais e os acompanhantes também se envolvem”, afirmou Kariny. “O trabalho do pessoal da Terapet é fantástico e comovente”, avalia Fabíola Rezende.
Segundo o diretor do Hospital Metropolitano, Gilberto Teodozio, a cãoterapia é importante na humanização e recuperação dos pacientes, sobretudo pediátricos. “Estamos felizes por ver os sorrisos que já imaginávamos em nossas crianças da pediatria. Os benefícios dessa terapia são inúmeros, sem dúvidas ela aproxima também do cotidiano familiar, além de estimular a integração dos pacientes com outras pessoas. Estamos muito felizes com a implantação do projeto”, descreveu.
Para participar do programa, os cães passam por uma triagem de comportamento, definida especialmente pela doçura e não agressividade frente às situações desconhecidas. Eles também realizam exames médicos, recebem vermífugos, vacinas e, obrigatoriamente, tomam um banho reforçado no dia da visita e após ela. Além disso, também apresenta um atestado de saúde de um veterinário responsável.
A Terapet é um projeto social que visa levar cães para dentro de instituições de saúde e entidades filantrópicas. A filosofia é socializar o amor dos animais com as pessoas para que elas também sintam o amor canino. Na Paraíba, o projeto já existe há três anos e tem apoio da Secretaria Estadual da Saúde (SES), e já foi implantado nos Hospitais de Emergência e Trauma de João Pessoa e de Campina Grande, no Arlinda Marques, no Clementino Fraga, no Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira, no Caps Gutemberg Botelho, no Caps estadual e na Funad.
Quem desejar cadastrar o seu pet para o programa deve preencher um formulário que está disponível na biografia do instagram do projeto (@terapetoficial) e, tão logo o formulário seja analisado, será marcada uma entrevista para a avaliação do animal.