Nacional
Presidente da Petrobras pede demissão após pressão por alta nos combustíveis
José Mauro Coelho ficou no cargo por dois meses e foi duramente criticado pelo presidente Jair Bolsonaro
O presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, pediu demissão do cargo na manhã desta segunda-feira (20/6). A informação foi confirmada pela própria estatal em um comunicado de mercado.
A renúncia, já esperada, vem depois de duras críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), em razão da alta de preços de combustíveis. A nomeação de um interino será examinada pelo Conselho de Administração da companhia a partir de agora.
A pressão sob Coelho aumentou depois do anúncio de um reajuste na gasolina e no diesel, na última sexta-feira (20/6). No mesmo dia, Bolsonaro defendeu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar executivos da companhia.
Já Lira, em artigo publicado no domingo (19/9) pela Folha de S. Paulo, disse que a presidência da Petrobras havia “sequestrada por um presidente ilegítimo, que não representa o acionista majoritário (o governo) e pratica terrorismo corporativo”.
O principal nome para assumir o posto é o atual secretário especial Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Caio Mario Paes de Andrade. Ele indicado pelo governo ao cargo há um mês, mas a substituição esbarrou em problemas burocráticos.
Histórico
Joé Mauro Coelho ficou no cargo por mais de dois meses, o segundo menor período desde o fim da ditadura militar. Ele é o terceiro executivo a comandar a Petrobras no governo Bolsonaro – antes, Roberto Castello Branco e o general Joaquim Silva e Luna também caíram após pressão pela alta dos preços dos combustíveis.
Coelho é ex-secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e também deixa o cargo de membro do Conselho de Administração da estatal.