Internacional
Trump monta sua nova administração e ‘escala seu dream team’
Veja quem são os aliados-chave nomeados por Trump para cargos de alto escalão na sua nova administração
O presidente eleito Donald Trump começou a revelar seus indicados para cargos de gabinete e outras posições de alto nível em sua nova administração, selecionando aliados proeminentes e conselheiros para ocupar postos-chave enquanto se prepara para retornar à Casa Branca em janeiro.
Entre os nomeados estão o senador da Flórida Marco Rubio para Secretário de Estado, o comentarista conservador e veterano Pete Hegseth para Secretário de Defesa, e o deputado Matt Gaetz para Procurador-Geral.
As escolhas de Trump para sua nova administração refletem seu foco em lealdade e alinhamento com suas metas políticas, com vários indicados conhecidos por seu forte apoio à sua plataforma e agenda.
Com um Senado controlado pelos republicanos e uma Câmara também liderada pelos republicanos, as escolhas de Trump provavelmente enfrentarão um processo de confirmação mais tranquilo, porém certos nomes ainda podem sofrer resistência.
Aqui está um resumo das principais nomeações até agora:
Secretário de Estado: Marco Rubio
O senador Marco Rubio, crítico vocal de regimes autoritários na China, Irã e Rússia, foi indicado para o cargo de Secretário de Estado.
Como vice-presidente do Comitê de Inteligência do Senado e membro do Comitê de Relações Exteriores, Rubio traz experiência em questões de política externa e inteligência.
Sua confirmação exigirá aprovação do Senado.
Secretário de Defesa: Pete Hegseth
O apresentador da Fox News e veterano da Guarda Nacional do Exército, Pete Hegseth, foi indicado para liderar o Departamento de Defesa.
Conhecido por sua defesa dos veteranos e da privatização militar, Hegseth serviu no Iraque e no Afeganistão e anteriormente liderou um grupo de defesa de veteranos.
Sua nomeação está sujeita à confirmação do Senado.
Procurador-Geral: Matt Gaetz
O deputado da Flórida, Matt Gaetz, um aliado próximo de Trump, foi escolhido para liderar o Departamento de Justiça como Procurador-Geral.
Gaetz é um dos nomes mais polêmicos para a grande mídia americana, conhecido por seu apoio vocal a Trump e sua postura dura em várias questões.
A grande mídia já começou a difáma-lo trazendo à tona investigações contra ele, embora é verdade que Gaetz foi investigado anteriormente pelo governo federal, o caso foi encerrado sem acusações. Ele ainda está sob uma investigação separada do Comitê de Ética da Câmara.
A nomeação de Gaetz também passará pelo Senado para aprovação e talvez seja o nome mais difícil de passar.
‘Czar da Fronteira’: Tom Homan
O ex-diretor interino da ICE, Tom Homan, foi nomeado “czar da fronteira” de Trump, um cargo focado na supervisão da aplicação das leis de imigração e no cumprimento da promessa de campanha de Trump de deportações em massa.
Homan liderou a Imigração e Alfândega dos EUA (ICE na sigla em inglês) durante o primeiro mandato de Trump, implementando a política de “tolerância zero” com imigrantes ilegais.
Essa posição não requer confirmação do Senado.
Vice-Chefe de Gabinete para Políticas Públicas: Stephen Miller
Stephen Miller, um dos conselheiros mais próximos de Trump e arquiteto de suas políticas de imigração, servirá como Vice-Chefe de Gabinete para Políticas Públicas.
Conhecido por sua postura rígida sobre imigração, Miller será fundamental na execução das reformas de imigração propostas por Trump.
A confirmação do Senado não é necessária para este cargo.
Conselheiro de Segurança Nacional: Mike Waltz
O representante da Flórida, Michael Waltz, foi escolhido como Conselheiro de Segurança Nacional. Ex-Boina Verde e membro dos Comitês de Inteligência, Serviços Armados e Relações Exteriores da Câmara, Waltz traz experiência militar e política ao cargo.
A posição de Conselheiro de Segurança Nacional não requer confirmação do Senado. As nomeações de Trump reúnem alguns de seus aliados mais próximos e apoiadores leais, refletindo seu compromisso em cumprir as promessas de política feitas durante sua campanha.
Seus indicados devem desempenhar papéis centrais na formulação da abordagem de sua administração para política externa, defesa, imigração e segurança nacional.
O conselheiro de segurança nacional é nomeado pelo presidente, sem necessidade de confirmação do Senado.
Trump não conseguiu emplacar seu aliado para líder do Senado americano
Apesar de estar conseguindo emplacar nomes importantes para sua nova administração, nem tudo foi como Trump gostaria neste começo de governo.
Nesta quarta-feira (13) os republicanos do Senado elegeram John Thune como o novo líder da bancada republicana, sucedendo Mitch McConnell, que ocupou o cargo por 17 anos.
A escolha de Thune evita a nomeação do aliado de Trump, Senador Rick Scott, que estava recebendo um forte apoio após a aleieção.
Após McConnell anunciar sua intenção de deixar o cargo no início deste ano, Thune, atual líder da maioria (whip) republicana, disputou a liderança contra o senador John Cornyn, do Texas, ex-líder da maioria, e Scott, senador da Flórida recentemente reeleito para seu segundo mandato.