Segurança Pública
Uma operação policial revelou um esquema de tráfico no Amazonas, envolvendo voos militares da Força Aérea Brasileira (FAB)
Força Aérea Brasileira e tráfico de drogas: um escândalo em investigação! Militares foram flagrados transportando skunk em aviões da FAB

A Polícia Civil do Amazonas prendeu cinco pessoas, entre elas três militares da Força Aérea Brasileira (FAB), suspeitas de integrar um esquema de transporte de drogas utilizando aeronaves da corporação. A Operação Queda no Céu foi conduzida pela Delegacia Especializada de São Gabriel da Cachoeira, município situado a mais de 850 quilômetros de Manaus, na fronteira com a Colômbia e a Venezuela.
As investigações apontam que os militares da Força Aérea Brasileira facilitavam o envio dos entorpecentes e transportavam cargas ilegais para a capital amazonense. Segundo a delegada responsável pelo caso, Grace Jardim, a operação teve origem após a apreensão de aproximadamente 340 quilos de maconha tipo skunk no ano passado. Na ocasião, três militares já haviam sido detidos, incluindo um soldado do Exército.
O que é a maconha tipo skunk?
A droga transportada no esquema, conhecida como skunk, é uma versão mais potente da maconha comum. O skunk possui um teor muito mais elevado de tetrahidrocanabinol (THC), a substância psicoativa da planta, podendo ser até cinco vezes mais forte do que a maconha convencional. Isso ocorre devido a técnicas avançadas de cultivo, que incluem o uso de fertilizantes específicos e condições controladas de temperatura e umidade.
Por conta de sua potência, o skunk tem um alto valor de mercado, sendo muito procurado no tráfico internacional. No Brasil, grande parte dessa droga entra pelo Amazonas, Pará e Mato Grosso, vindos de países como Colômbia e Paraguai, e segue para os grandes centros urbanos.
Outros casos de tráfico envolvendo militares
O uso de aeronaves militares da Força Aérea Brasileira para o transporte de drogas não é um caso isolado. Em 2019, um militar da Aeronáutica foi preso na Espanha ao desembarcar com 39 quilos de cocaína em um avião da FAB que fazia parte da comitiva presidencial brasileira. O sargento Manoel Silva Rodrigues, que estava a bordo do avião de apoio da equipe do então presidente Jair Bolsonaro, foi detido no aeroporto de Sevilha com a droga distribuída em sua bagagem de mão.
A Força Aérea Brasileira divulgou uma nota oficial afirmando que acompanha as investigações e colabora com as autoridades. O Comando da Aeronáutica reforçou que não compactua com atividades ilícitas e que os envolvidos devem responder pelos seus atos conforme as leis vigentes.
O caso levanta questionamentos sobre a segurança e o controle de cargas transportadas em aeronaves da Força Aérea Brasileira, além de ressaltar a necessidade de maior fiscalização para evitar que agentes públicos facilitem ações do crime organizado.