Segurança Pública
Parlamentar pede celeridade no concurso da Guarda Civil Metropolitana
Concursados da Guarda Metropolitana estiveram presentes durante a sessão ordinária

Contando com a presença dos concursados da Guarda Civil Metropolitana (GCM) na sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) desta quinta-feira (6), o vereador Tarcísio Jardim (PP) fez uso de seu espaço na tribuna para solicitar celeridade na realização das etapas do concurso da categoria. Ele também pediu que mais guardas sejam chamados por turma no curso de formação.
Sobre a convocação de mais guardas por turma, para dar celeridade ao processo, o vereador Tarcísio argumentou: “Cada turma dura cinco meses. Se fizermos de 50 em 50, teremos duas turmas por ano, formando cem guardas por ano. Se formos chamar 200 pessoas, serão quase dois anos para chamar os guardas para servir nossa cidade. Peço que possamos convocar cem pessoas por turma para termos, em um ano ou um ano e meio, esses 200 guardas integrando as forças de segurança do município”.
Rebatendo críticas do colega vereador João Almeida (PDT), ex-secretário de Segurança de João Pessoa, de que tudo está sendo feito pela atual secretaria para receber os novos guardas da melhor forma possível e, portanto, a discussão seria um “teatro”, Tarcísio salientou: “Isso aqui não é palanque político ou demagogia, é apenas um pedido de apoio parlamentar e executivo. Não existe situação e oposição quando o pleito é para o cidadão”.
O parlamentar ressaltou a importância da segurança pública no país e em João Pessoa. “A demanda dos concursados, que vieram aqui hoje, foi uma demonstração de união. São sonhos de 280 pessoas que estudaram, se dedicaram e estão aguardando um posicionamento”, acrescentou Tarcísio.
O vereador Milanez Neto (MDB) reforçou que oposição e situação podem se unir em prol de uma causa: “Precisamos ter maturidade suficiente para compreender que isso aqui não se divide em situação e oposição. Por mais que pensemos diferente, podemos, em alguns momentos, nos juntarmos. Acredito que o atual prefeito fará dessa forma [sugerida por Tarcísio Jardim], porque foi o que ele falou no processo de campanha, porque ele sabe a importância da segurança pública e da Guarda Municipal, e porque Tarcísio será ouvido enquanto vereador”.
João Almeida, no entanto, discordou: “Ser oposição ou situação não é questão de dignidade, mas, de posição. Desconheço um Governo Municipal que tenha feito mais pela Guarda do que a gestão passada de Cícero Lucena. [Tarcísio] está fazendo ‘palanque político’, sim. Temos que ter cuidado ao lidar com o sentimento das pessoas”.
Marcos Henriques (PT) avaliou o debate como positivo e destacou que todo vereador, seja oposição ou situação, deve fazer suas cobranças. Carlão (PL) também se pronunciou: “É indiscutível que quando temos dois vereadores que entendem do assunto o debate fique mais técnico e mais aprofundado. O que conseguimos enxergar é que João Pessoa ganha com isso. Existia um clamor para que esses homens fossem chamados e agora estão sendo. Faço um clamor também para que possamos colocar esses profissionais bem aparelhados dentro dos equipamentos públicos de João Pessoa, mais perto das escolas públicas onde tem um traficante na porta, mais perto das UPAS”.
“É justamente por essas pessoas não serem ouvidas que chegamos a esse ponto: um concurso que já dura mais de um ano. Se fizermos na proporção de 50, 50, 50 e 50, a Prefeitura não terá 200 guardas para nomear, porque a maioria deles também está sendo aprovada em outros concursos e vai haver uma evasão. Brincar com o sonho das pessoas é fazer com que elas não tenham uma esperança. Faço o pedido de que a Gestão tenha um olhar caridoso quanto a isso”, concluiu o vereador Tarcísio.