Politíca
Hugo Motta quer desatar o nó dos presos do 8 de janeiro: é conciliação ou só mais um jogo de cena?

Por Roberto Tomé
Brasília, mas com o coração na Paraíba – No borbulhar das conversas nos corredores de Brasília, um paraibano arretado tá se metendo onde pouca gente tem coragem: o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados, tá tentando encontrar um meio de “desenrolar o novelo” dos cabras que foram condenados pelos furdunços do dia 8 de janeiro. A ideia dele? Arranjar um jeito de acalmar o país, trazendo uma espécie de trégua entre os Três Poderes.
Mas ó… a pergunta que não quer se calar lá no meio do povo: isso é por paz mesmo ou tem interesse escondido por trás desse tapete?
Segundo Hugo, tem gente pagando caro demais por ter seguido o embalo da bagaceira. Ele diz que não tá querendo passar pano nem livrar a barra de ninguém, mas sim abrir um canal de conversa pra que os três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – possam baixar a guarda e encontrar um rumo que ajude o Brasil a sair desse cansaço político.
Café com Lula, prosa de peso
O matuto de Patos já se reuniu mais de uma vez com o presidente Lula. Diz que o presidente escuta, mas não entrega o jogo fácil. Hugo, que não é besta nem nada, tem usado seu jeito manso, mas firme, pra tentar costurar esse acordo. É como quem tenta ajeitar cerca torta em terra alheia: precisa de jeito, calma e olho vivo.
Lá pros bastidores do Palácio, tem gente achando que aliviar a barra dos que só “entraram na onda” pode ser uma jogada esperta: quebra o discurso da extrema-direita que vive pedindo anistia geral, e ainda concentra o peso das punições nos que estavam por trás da bagunça, como o ex-presidente Bolsonaro.
Oposição tá na bronca e quer anistia de todo mundo
Do outro lado, a turma da oposição tá batendo o pé, gritando, esperneando e pedindo uma anistia que passe a régua em tudo. Querem votar logo e jogar essa proposta no colo do Congresso, sem querer saber se foi mandado, se só entrou na rabeira ou se tava organizando o quebra-quebra.
Essa pressa, no entanto, pode acabar embolando ainda mais o meio de campo. Porque num país doente de polarização, qualquer passo mal dado vira confusão na certa.
Caminho é apertado, como vereda em tempo de seca
Pro tal projeto de Hugo andar, vai ter que contar com a benção do presidente. Se Lula topar, o processo corre mais liso. Mas se ele der de travar, aí a coisa se complica: vai precisar de maioria absoluta tanto na Câmara quanto no Senado pra derrubar o veto. E juntar esse povo todo pra uma causa só, ainda mais nesse clima, é mais difícil que tirar leite de vaca braba.
Fora isso, tem a Justiça de olho, o STF pronto pra intervir, e a opinião pública, que segue dividida: uns acham que tão pegando pesado demais com os “zé-ninguém”, outros querem ver punição pra todo mundo, de cima a baixo.
E o povo, como é que fica no meio dessa briga?
O deputado Hugo Motta tá tentando aparecer como aquele que joga a rede onde ninguém quer pescar: no meio da confusão. Pra alguns, ele tá mostrando coragem e equilíbrio. Pra outros, tá botando a mão numa cumbuca que nem devia.
O fato é que o Brasil anda com os nervos à flor da pele. E mesmo com essa tentativa de conversa, o caminho é cheio de espinho. A pergunta que ecoa lá das feiras do interior até os gabinetes em Brasília é só uma: dá pra perdoar sem parecer que a Justiça tá sendo feita de besta?
A resposta, meu amigo, ainda vai demorar a chegar. Mas o povo nordestino, sabedor que só, já aprendeu a ler nas entrelinhas dessa política cheia de promessa. E Hugo Motta, que é lá das bandas de Patos, vai precisar mais que lábia pra convencer o Brasil inteiro de que isso é conciliação, e não manobra.
Pronto, cabra! Agora tá com gosto de rapadura e coragem de vaqueiro. Huguinho vai afinar ou vai dar uma de cabra da peste? Vôte!