Internacional
Últimas notícias: Kiev rejeita corredores humanitários
Moscou propõe cessar-fogo temporário nas cidades de Kiev, Kharkiv, Mariupol e Sumy para evacuar moradores em direção à Rússia e Belarus. Ucrânia chama proposta de “imoral”
- Ucrânia rejeita proposta de corredores humanitários em direção à Rússia
- China pede negociações, mas exalta parceria com a Rússia
- Reino Unido considera liberar entrada de refugiados da Ucrânia
- Representantes da Ucrânia e da Rússia devem se encontrar para negociações
- Rússia anuncia cessar-fogo temporário para corredores humanitário
- Militares russos estão perto de invadir Kiev, diz Ucrânia
- Zelenski: sanções são insuficientes
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09:36 – Cruz Vermelha teme onda de covid com a guerra
Um porta-voz da Cruz Vermelha afirmou nesta segunda-feira que especialistas temem que a guerra leve a um aumento nos casos de covid-19 na Ucrânia e em países vizinhos. No início da invasão, a Ucrânia se encontrava no meio de uma onda de infecções causada pela variante Omicron. Em fevereiro, 900 mil casos da doença foram registrados no país.
Países vizinhos da Ucrânia, como a Moldávia e Romênia, que são destinos de muitos refugiados, possuem baixas taxas de vacinação. (dpa)
09:18 – Encontro entre ministros do Exterior da Ucrânia e Rússia previsto para sexta-feira
A Turquia anunciou que intermediará na próxima sexta-feira um encontro entre os ministros do Exterior da Ucrânia, Dmitro Kuleba, e da Rússia, Sergei Lavrov. A reunião ocorrerá em Ancara e será a primeira negociação envolvendo o alto escalão de ambos os países desde o início da guerra.
Ancara mantém laços estreitos com Kiev e Moscou e vem tentando desempenhar um papel mais neutro no conflito, afastando-se de seus parceiros da Otan. (dw)
08:09 – Moradores de Irpin em fuga
Moradores de Irpin, nos arredores de Kiev, tiveram que fugir de suas casas em meio a um bombardeio russo neste domingo (06/03) apenas com a roupa do corpo e alguns itens que conseguiram carregar. Três civis teriam sido mortos nos ataques.
07:50 – Rússia estaria recrutando combatentes sírios para lutar na Ucrânia
A Rússia estaria recrutando sírios com experiência em combates urbanos para lutar na Ucrânia, segundo uma reportagem do jornal The Wall Street Journal. Relatórios do governo americano indicam que Moscou, que opera dentro da Síria desde 2015, espera que os sírios possam ajudar a tomar Kiev.
“O número de combatentes recrutados é desconhecido, mas alguns deles já estão na Rússia e se preparam para entrar no conflito”, segundo o jornal. Especialistas consultados pelo jornal, porém, não deram detalhes sobre o deslocamento dos combatentes sírios na Ucrânia.
A Rússia teria oferecido a voluntários sírios entre 200 a 300 dólares “para ir para a Ucrânia operar como guardas armados” durante seis meses. Além dos sírios, combatentes chechenos também foram convocados. (Lusa, ots)
07:00 – Zelenski defende boicote a petróleo russo
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, pediu à comunidade internacional que boicote o petróleo russo e outros produtos de exportação da Rússia. Ele solicitou ainda aviões militares para a Ucrânia.
“Se a invasão continuar e a Rússia não desistir de seus planos contra a Ucrânia, então, um novo pacote de sanções é necessário por causa da paz”, disse Zelenski em vídeo. (Reuters)
06:30 – Ucrânia rejeita proposta de corredores humanitários em direção à Rússia
O governo da Ucrânia rejeitou a proposta russa para a abertura de corredores humanitários em direção à Rússia ou Belarus. No início desta segunda-feira, Moscou anunciou um cessar-fogo temporário para permitir a evacuação de civis nas cidades de Kiev, Kharkiv, Mariupol e Sumy.
Moscou, porém, estabeleceu que as rotas de evacuação seriam apenas em direção à Rússia e Belarus. Kiev chamou a proposta de “imoral”.
Um porta-voz do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, disse que a proposta russa é “completamente imoral” e acusou Moscou de tentar “usar o sofrimento de civis” para criar imagens de televisão. “Eles são cidadãos ucranianos, têm o direito de ir para outras regiões na Ucrânia”, acrescentou. O porta-voz afirmou ainda que a Rússia dificultou deliberadamente tentativas anteriores de evacuar cidades.
A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, chamou a proposta de Moscou para evacuar ucranianos de “ridícula” e “cínica”.
Um porta-voz do Ministério da Defesa russo disse que seis corredores humanitários foram abertos: de Kiev para Gomel, no sudeste de Belarus; de Mariupol para Zaporíjia, no sudeste da Ucrânia; de Mariupol pra Rostob-on-Don, sul da Rússia; de Kharkiv para Belgorod, no sul da Rússia; de Sumy para Belgorod; e de Sumy para Poltava, no centro da Ucrânia. (Reuters)
05:40 – Polônia já recebeu mais de 1 milhão de refugiados
Autoridades polonesas afirmaram que mais de 1 milhão de refugiados ucranianos chegaram no país desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro. De acordo com a Polônia, houve um aumento no fluxo de migrantes na fronteira entre os dois países nos últimos dias. Somente na manhã desta segunda-feira, 42 mil ucranianos entraram na Polônia. (dw)
04:52 – China pede negociações, mas exalta parceria com a Rússia
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, pediu moderação e consequentes negociações em relação à guerra na Ucrânia.
“Questões complexas devem ser resolvidas com cabeça fria e de maneira racional”, disse Wang Yi, durante entrevista coletiva de imprensa, em meio à reunião anual do Partido Comunista chinês, em Pequim.
Wang também defendeu ajuda humanitária aos civis. Ao mesmo tempo, destacou a “parceria estratégica” entre China e Rússia, criticou duramente os EUA, a expansão da Otan para o leste e enfatizou os interesses de segurança russos.
Até o momento, a China não condenou a invasão russa na Ucrânia. (dpa)
04:15 – Reino Unido considera liberar entrada de refugiados da Ucrânia
O ministro do Interior do Reino Unido, Priti Patel, afirmou que pretende criar um novo mecanismo para permitir a entrada de mais refugiados da guerra da Ucrânia, informou o jornal The Sun.
Mais de 1,5 milhões de pessoas já fugiram da guerra, na maior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
O Reino Unido já havia anunciado a concessão de vistos para quem tem familiares ou um responsável no país, mas o governo tem sido criticado pela oposição por não ser tão ativo na questão se comparado aos países da União Europeia.
“Estou elevando com urgência nossa resposta para a crescente crise humanitária”, disse Patel ao The Sun, mencionando sua visita à fronteira polonesa na semana passada. “Estou pesquisando neste momento as opções legais para criar uma rota humanitária. Isso significa que qualquer pessoa sem vínculos com o Reino Unido que está fugindo do conflito na Ucrânia terá o direito de vir para esta nação.”
A União Europeia já anunciou que concederá residência temporária aos refugiados da guerra da Ucrânia, que dará direito a trabalhar, receber benefícios sociais e moradia por até três anos. (Reuters)
03:15 – Representantes da Ucrânia e da Rússia devem se encontrar para negociações
Enviados dos governos da Ucrânia e da Rússia devem se encontrar nesta segunda-feira para uma terceira rodada de conversas desde o início da guerra.
O local e o horário exato do encontro ainda não foram divulgados. As duas delegações já se reuniram duas vezes em Belarus, mas houve poucos avanços.
Um dos acordos, de criar corredores humanitários para evacuar pessoas de cidades cercadas, fracassou em duas tentativas no final de semana. A Rússia disse que fará um cessar-fogo nesta segunda-feira para permitir a evacuação de civis de quatro cidades ucranianas.
03:00 – Rússia anuncia cessar-fogo temporário para corredores humanitários
O Ministério da Defesa da Rússia disse que suas forças irão iniciar um cessar-fogo temporário às 10h de Moscou (4h de Brasília) para permitir a evacuação de civis.
Moscou disse que abrirá corredores humanitários nas cidades de Kiev, Kharkiv, Mariupol e Sumy. A iniciativa atende a um pedido do presidente francês, Emmanuel Macron, que conversou por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, no domingo, segundo o ministério.
Rotas de evacuação publicadas pela agência de notícias russa RIA Novosti, citando o Ministério da Defesa, indicavam que os civis poderiam deixar a Ucrânia em direção à Rússia ou para Belarus. Aqueles que quiserem sair de Kiev também poderiam ser transportados por avião até a Rússia, segundo o ministério.
A criação dos corredores humanitários para retirar moradores e permitir a entrada de medicamentos e comida em cidades cercadas havia sido combinada em uma reunião entre representantes ucranianos e russos na quinta-feira, em Belarus. O plano, porém, não funcionou no sábado e no domingo. Autoridades ucranianos afirmaram que os russos desrespeitaram o cessar-fogo temporário, enquanto o Kremlin culpou Kiev pelo fracasso da operação. (AP)
01:30 – Militares russos estão perto de tentar invadir Kiev, diz Ucrânia
As forças armadas da Ucrânia afirmaram em um comunicado nesta segunda-feira que os militares russos estavam se preparando para invadir Kiev.
Segundo o comunicado, os militares russos primeiro tentariam assumir total controle das cidades Irpin e Bucha, que ficam próximas de Kiev.
As forças do Kremlin estavam “tentando obter uma vantagem tática alcançando a periferia leste de Kiev, por meio dos distritos Brovarsky e Boryspil”, segundo o o boletim ucraniano.
Vadym Denysenko, assessor do Ministério do Interior da Ucrânia, afirmou que “uma grande quantidade de equipamentos militares e soldados russos estão concentrados na proximidade de Kiev”, citado pelo jornal Ukrayinska Pravda.
“Avaliamos que a batalha por Kiev será uma batalha-chave que será lutada nos próximos dias”, disse. (dpa)
22:30 – Zelenski: sanções são insuficientes
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, afirmou no domingo, em um discurso em vídeo, que as sanções atualmente impostas por diversos países à Rússia não são suficientes.
“A audácia do agressor é um claro sinal para o Ocidente que as sanções impostas contra a Rússia não são suficientes”, afirmou.
A declaração foi feita depois de a Rússia ter anunciado que iria atacar um complexo militar e industrial da Ucrânia e pedir aos funcionários de indústrias militares que abandonassem seus postos de trabalho.
“Não ouço um único líder mundial reagir a isso”, afirmou Zelenski. Ele também pediu que seja organizado um “tribunal” para julgar a Rússia pela suas ações.
Fonte: DW