Internacional
ONU quer que saúde e proteção sejam prioridade na Ucrânia
OMS e Unfpa destacam a necessidade de garantir acesso dos afetados ao atendimento básico; agências reforçaram preocupação após ataques a maternidade; estima-se que 80 mil partos devem acontecer nos próximos três meses
A Organização Mundial da Saúde, OMS, e o Fundo de População das Nações Unidas, Unfpa, estão traçando ações para garantir que refugiados da Ucrânia tenham acesso à saúde básica.
Após ataques a uma maternidade em Mariupol, cresce a preocupação com cerca de 80 mil mulheres que devem entrar em trabalho de parto nos próximos três meses. O Unfpa pede prioridade ao grupo em meio ao difícil acesso aos hospitais e a destruição de infraestruturas civis.Vista aérea de Lviv, na Ucrânia.
Crueldade
Para a diretora executiva Natalia Kanem, o bombardeio da maternidade em Mariupol é um ato flagrante “transformando berços em sepulturas em um instante”.
Ela condenou o que chamou de “desprezo pelo direito internacional humanitário e pela proteção de civis inocentes”.
A representante da agência também afirmou que “bombardear bebês, crianças, gestantes e equipes de saúde é um ato de crueldade e sem justificativa”.
Imunização
A OMS também está trabalhando com outros países europeus para fortalecer a capacidade do sistema hospitalar para acomodar os refugiados e fornecer serviços essenciais.
A agência aponta a necessidade de vacinação dos refugiados, especialmente contra Covid-19, sarampo e pólio.
O Consultor Regional da OMS na Europa, Siddhartha Datta, explicou que adultos saudáveis devem ser vacinados contra o coronavírus e crianças precisam manter a agenda de imunização em dia.
Ele defende o acesso equitativo às vacinas, afirmando ser “um direito de todos, não importa onde estejam.”
Refugiados
Segundo a OMS, muitos dos países da Europa que estão recebendo os refugiados da Ucrânia oferecem serviços de vacinação para crianças e adultos.
Siddhartha Datta afirma que a imunização é importante para mitigar o risco de transmissão de Covid-19 entre pessoas que viajam ou vivem em locais próximos.
As campanhas também têm o objetivo de proteger os refugiados de doenças que possam estar circulando no país anfitrião e evitar surtos de infecções evitáveis por vacina, como sarampo e poliomielite.