Politíca
Em live com Capilé, Tovar defende classe cultural e apresenta propostas para o setor em Campina Grande
Entre maio e julho, foi de 44,7%. Já a projeção para o período de agosto a outubro é de perda de cerca de 50%.
O deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Campina Grande, Tovar Correia Lima (PSDB), defendeu nesta quinta-feira (30), durante live com o cantor e compositor Capilé, as classes cultural e criativa que enfrentam muita dificuldade por conta da paralisação dos trabalhos causada pela pandemia da covid-19. Durante o bate papo, Tovar apresentou algumas propostas que integram o seu Plano de Governo para o setor cultural.
Entre as propostas, Tovar defendeu a criação de uma linha de crédito para empreendedorismo cultural; a realização de feiras de cultura itinerantes, assegurando emprego e renda; a destinação de um percentual das vagas em festivais e eventos para artistas locais, além de incentivos fiscais para empresas que investem em cultura. “É preciso desenvolver ações que garantam um apoio concreto e contínuo para o setor”, disse.
Durante a live, o cantor Capilé defendeu a aprovação pela Câmara Municipal de Campina Grande do Conselho Municipal de Cultura. Para o cantor, o grande problema é que leis que ajudam a classe cultural, como a Lei Ruanet, foram “demonizadas”. “Algumas pessoas não souberam gerir e estamos sem o apoio necessário. Mas mesmo assim, é importante que Campina crie seu Conselho Municipal de Cultura para que os artistas locais possam ter acesso a participar de editais nacionais”, disse.
Sobre o Conselho Municipal de Cultura, o deputado Tovar chegou a conversar com a presidente da Câmara Municipal, Ivonete Ludgério (PSD). “Estivemos com a presidente apresentando o pleito da classe cultural e reforçando a importância dessa aprovação que será fundamental no apoio aos trabalhos culturais na cidade”, revelou.
Capilé falou ainda a possibilidade do poder público patrocinar lives como forma de garantir o sustento de músicos e de todos os profissionais que trabalham com o setor cultural. “Claro que tudo deveria ser feito com muita transparência, por meio de uma seleção, mas essa possibilidade iria ser de grande valia para muita gente que está parada desde o início dessa pandemia. Nesse momento, o que mais gostaríamos de saber é em que fase estamos, para que possamos ao menos saber se estamos longe ou perto de um retorno dos trabalhos”, disse.
Perdas – Resultados preliminares da pesquisa nacional “Percepção dos Impactos da Covid-19 nos Setores Culturais e Criativos do Brasil” apontam para perdas importantes em termos de receita, na projeção para o futuro e na contratação e compra de insumos e materiais. Só para se ter uma ideia, entre março e abril, o faturamento do setor caiu 34% em relação ao período pré-pandemia. Entre maio e julho, foi de 44,7%. Já a projeção para o período de agosto a outubro é de perda de cerca de 50%.