Educação & Cultura
Professores brasileiros têm remuneração menor que a média mundial, diz OCDE
O Brasil é 1 dos países cuja remuneração dos professores está abaixo da média mundial, segundo segundo relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), divulgado nesta 3ª feira (8.set.2020).
A publicação (íntegra – 22 MB), que reúne informações estatísticas educacionais de mais de 40 países (entre membros da organização e países parceiros), mostra que a remuneração média anual dos professores brasileiros é pouco maior que a metade da média de outros países.
Eis abaixo a média da remuneração anual de professores mundial e a do Brasil:
O documento explica que as quantias refletem os salários reais, incluindo pagamentos adicionais relacionados ao trabalho.
“Uma grande parte dos professores em muitos países da OCDE atingirão a idade de aposentadoria na próxima década, enquanto o tamanho da população em idade escolar deverá aumentar em alguns países, colocando muitos governos sob pressão para recrutar e treinar novos professores. No Brasil, 11% dos professores do ensino fundamental são considerados jovens (com menos de 30 anos), o que é 1 pouco abaixo da média da OCDE, de 12%”, afirma.
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INVESTIMENTO
Em 2017, a média do gasto público efetuado em instituições educacionais por aluno entre os países da OCDE foi de US$ 10.102 anuais, sendo que o país com maior gasto foi Luxemburgo.
No Brasil, o gasto público por aluno foi de US$ 4.661 anuais, o 3º maior entre os países latino-americanos (atrás somente de Chile e Costa Rica).
A análise também compara o percentual do valor gasto pelos governos em relação ao PIB de cada país. No caso do Brasil, em 2017, o gasto público em educação correspondeu ao equivalente a 5,1% do PIB, 1 dos maiores esforços entre os países com dados disponíveis. Considerando países-membros e parceiros da OCDE na publicação, em média, esse esforço foi de 4,1%.
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BRASIL NA OCDE
O Brasil declarou em 2017 por meio de uma carta à OCDE a intenção de integrar a organização. No ano passado, recebeu o apoio dos EUA. Para isso, atendeu a pedido norte-americano e abriu mão de ser considerado país em desenvolvimento na OMC (Organização Mundial do Comércio), o que proporcionava alguns privilégios.
O próximo passo é o Brasil receber 1 convite da OCDE para iniciar o processo de integração. Não há data para isso. O governo quer acelerar a entrada na instituição multilateral. Depois do convite, o processo de entrada pode levar até 10 anos. Mas há casos que demoram de 3 a 5 anos. Com isso, o Brasil poderá se tornar membro da OCDE em 1 eventual 2º mandato de Bolsonaro.