ESTADO
UNICEFconvida municípios para pacto pela garantia de direitos de crianças eadolescentes
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) convoca os municípios da Paraíba e de outros quatro estados do Nordeste (AL, PE, PI e RN) para firmar um compromisso pela garantia dos direitos essenciais de crianças e adolescentes neste contexto da Covid-19. Reconhecendo que as famílias com crianças e adolescentes são as principais vítimas ocultas do coronavirus, o UNICEF, a Asserte e a Casa Pequeno Davi estão intensificando a atuação de suporte técnico na região. Na próxima quarta-feira (09), essa ação de resposta à pandemia será apresentada aos gestores e técnicos municipais em encontro virtual, reunindo cerca de 300 representantes.
A proposta é aliar profissionais das áreas de saúde, assistência social e educação, buscando garantir a intersetorialidade e o olhar integral para os cuidados com cada menina e menino. Até o fim do ano, serão intensificadas a oferta de cursos e formações a distância e a troca de conhecimento a partir do compartilhamento de publicações e campanhas educativas. Além disso, os municípios terão a oportunidade de compartilhar suas experiências.
O chefe do UNICEF para o Semiárido, Dennis Larsen, reforça que a ação é uma continuidade da parceria já mantida com os municípios a partir do programa Selo UNICEF. Mas, agora, com foco no enfrentamento da pandemia. “Nossa intenção é trabalhar junto aos municípios para garantir a continuidade ou implementação de ações essenciais nos municípios. É preciso reduzir o avanço do vírus e o impacto nas crianças”, destaca.
Pesquisa – A pesquisa Impactos Primários e Secundários da Covid-19 em Crianças e Adolescentes, lançada no fim de agosto pelo UNICEF, constatou que famílias com crianças ou adolescentes foram as mais impactadas pela crise provocada pela Covid-19 no Brasil. Realizada pelo Ibope em todo o País, a pesquisa mostra que os brasileiros que vivem com pessoas menores de 18 anos em casa foram a maioria entre aqueles que tiveram redução de rendimentos, ficaram sujeitos à insegurança alimentar e, inclusive, à fome, entre outros desafios.
Outro desafio é que, embora essenciais para conter a disseminação da Covid-19, o fechamento das escolas e o distanciamento social deixam ainda mais vulneráveis crianças e adolescentes que sofrem diferentes formas de violência. A cada 15 minutos, uma menina ou um menino sofre violência sexual no Brasil e 77% dos agressores são do grupo familiar ou conhecido da vítima, segundo dados da Safernet. Nesse sentido, o UNICEF reforça o apoio às equipes municipais dos Conselhos Tutelares e da Assistência Social para prevenção e encaminhamento dos casos de violência contra meninas e meninos.
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