Politíca
Após aliança com o Cidadania, Daniella esquece críticas e o constrangimento a que submeteu o governador João Azevêdo em rede nacional
A senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), que até o ano passado era uma ferrenha crítica da gestão do governador João Azevedo (Cidadania), ao qual disparava constantes ataques, parece que se acomodou, ao ficar dentro da base do governador, numa aliança feita com o então candidato e hoje prefeito eleito da capital, Cícero Lucena (PP), junto com o Cidadania.
Antes da campanha, a senadora utilizou espaço na tribuna do Senado, inclusive com transmissão ao vivo para todo o país pela TV Senado, constrangendo o governador João Azevêdo e exigindo respostas do governo da Paraíba em relação aos contratos celebrados com a Cruz Vermelha, parceria público-privada responsável pela gestão dos hospitais públicos no estado. A parlamentar constrangeu o governador ao citar a “Operação Calvário”, realizada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco).
Daniella acusava o governador João Azevêdo de omissão, por não responder sobre o suposto envolvimento de secretários na realização de contratos investigados pelo Gaeco. “O desvio de recursos custou vidas de paraibanos, que morreram esperando um atendimento que não chegou. Morreram aguardando a liberação de macas enquanto gestores aumentavam os seus patrimônios com carros blindados de luxo e casas cinematográficas. O povo paraibano foi penalizado na assistência à saúde sem dó nem piedade — denunciou a senadora. Assista no link: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2019/03/20/daniella-ribeiro-pede-respostas-do-governo-da-paraiba-sobre-suspeitas-em-contratos-na-saude
Daniella disse que, desde 2011, quando o contrato com a instituição foi oficializado, solicitou inúmeras audiências públicas para que as prestações de contas dos serviços fossem repassadas para a população, o que não aconteceu. Ela relatou ainda o que denominou de “calvário”, ao citar a baixa remuneração de policiais civis e o colapso no abastecimento de água em cidades paraibanas como Campina Grande, Queimadas, Pocinhos e Barra de Santana, atingindo cidades vizinhas e afetando mais de 500 mil moradores. Mas desde que realizou a aliança com o governador João Azevêdo a senadora não mais cita nada da ‘Operação Calvário’, tendo entrado num silêncio absoluto.