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Vereador da Capital lamenta fechamento de agências e demissão de funcionários do Banco do Brasil
O vereador de João Pessoa, Marmuthe Cavalcanti, lamenta a decisão do Banco do Brasil de desativar 361 unidades (sendo 112 agências) e iniciar um programa de demissão voluntária de aproximadamente 5 mil funcionários da instituição. O Banco anunciou esta semana um plano de reorganização para ganhos de eficiência operacional, baseado, principalmente, nestas duas medidas.
Este plano de reorganização e otimização em 870 pontos de atendimento do País, prevê a desativação de 361 unidades (112 agências, sete escritórios e 242 postos de atendimento); a conversão de 243 agências em postos de atendimento e oito postos de atendimento em agências; a transformação de 145 unidades de negócios em Lojas BB, sem guichês de caixa; e a relocalização compartilhada de 85 unidades de negócios.
“É lamentável que o Banco do Brasil, uma instituição tão sólida e de grande importância na vida de milhões de brasileiros, esteja reduzindo cada vez mais a sua estrutura física e capacidade de atendimento presencial. Ao longo dos anos, lutamos bastante e, com muito esforço, conseguimos aprovar a instalação de uma agência do Banco no bairro do Valentina, para beneficiar toda a Zona Sul de João Pessoa. Uma conquista sonhada e aguardada pelos moradores. Mas quando vemos essas notícias sobre o fechamento de agências parece que este sonho vai ficando mais distante”, disse Marmuthe.
Vale salientar que o vereador chegou a ir até Brasília-DF, em três oportunidades, e dialogou com dirigentes nacionais e regionais do Banco do Brasil, solicitando a instalação desta agência no Valentina. Nestas ocasiões, também apresentou relatório de viabilidade econômica e todos os argumentos necessários para garantir o atendimento desta demanda histórica. Porém, a crise econômica que se arrasta há vários anos, a crescente e constante digitalização dos serviços bancários e, mais recentemente, a pandemia da Covid-19, fez os bancos fecharem centenas de agências em todo o País.
“Se dependesse de mim, já haveria pelo menos três agências no Valentina, uma de cada banco. Porque nosso desejo é muito grande e nossa luta também é muito intensa neste sentido. Estamos fazendo a nossa parte, correndo atrás, buscando, dialogando, mostrando que a comunidade merece este respeito e tem o direito a ter uma agência. Inclusive, proporcional às dimensões e importância estratégica do Valentina para o futuro da Capital. Por isso, vamos continuar insistindo. Não há vitória sem luta”, afirmou o parlamentar.
Para especialistas, a pandemia acelerou o processo – que já vinha ocorrendo – de enxugamento na estrutura das organizações bancárias e de investimento na digitalização de serviços, reduzindo o atendimento presencial. “Também nos preocupa o processo de demissão voluntária de milhares de funcionários do Banco em plena pandemia, aumentando o número de desempregados no Brasil. Pais e mães de família que sairão prejudicados, neste momento tão difícil e delicado da História”, lamentou Marmuthe.