Politíca
Por que os partidos políticos deveriam repensar suas estratégias de comunicação
Semelhante ao mundo empresarial, governos, partidos políticos e organizações de campanha enfrentam o desafio de compreender seu público e criar espaços de projeção para seus líderes/candidatos.
Os partidos políticos podem ser entendidos como uma plataforma abrangente que oferece soluções aos problemas sociais, um fator de suporte e endosso que compõe a imagem de um candidato.
Nessa direção, os candidatos tornam-se as marcas políticas de um partido e assumem à frente e a relação com os eleitores.
Diante de um ambiente digital e descentralizado da produção e disseminação de informações, compreender a relação partido-candidato-eleitor como uma gestão de branding é o que pode contribuir para a sustentação de ideias, projetos e ideologias. Não ter clareza sobre esse contexto pode ter como resultado o fim do partido que, diante as regras eleitorais brasileira, precisa mostrar desempenho, isto é, votos.
O resultado das eleições municipais de 2020, já indica um mapa partidário menor. Se considerarmos os cálculos para a cláusula de desempenho desse pleito seis legendas que hoje têm ao menos um deputado federal ficariam sem acesso ao fundo partidário e às propagandas de rádio e TV: Psol, Novo, PCdoB, Pros, PV e Rede.
E o alerta é que a cada eleição tona-se mais difícil para os políticos se comunicarem com seus respectivos públicos-alvo sem uma imagem de marca claramente definida.