Saúde
Cura para soluço é cientificamente comprovada pela primeira vez
O canudinho contra soluços – ou ferramenta de sucção e deglutição inspiratória forçada – foi projetado para interromper soluços em uma ou duas tentativas.

Cura para soluço cientificamente comprovada
Uma equipe de pesquisadores da Universidade do Texas (EUA) publicou detalhes do que eles afirmam ser o primeiro tratamento para soluços baseado na ciência.
O tratamento usa um instrumento simples, parecido com um canudinho de suco, mas James Alvarez e seus colegas cunharam um novo termo bem mais pomposo para sua intervenção antissoluço: “Ferramenta de sucção e deglutição inspiratória forçada”.
A equipe relatou os resultados de uma pesquisa com 249 voluntários que avaliaram se a nova intervenção era superior aos remédios caseiros para soluços, como respirar em um saco de papel ou tomar água com o tronco curvado para a frente – 92% dos 249 usuários atestaram a eficácia da terapia.
“Os soluços ocasionalmente são irritantes para algumas pessoas, mas para outras eles afetam significativamente a qualidade de vida,” disse o professor Ali Seifi. “Isso inclui muitos pacientes com lesão cerebral e derrame, e pacientes com câncer. Tivemos alguns pacientes com câncer neste estudo. Algumas quimioterapias causam soluços.”
Canudo contra soluço
O canudinho antissoluço consiste em um tubo rígido dotado de uma válvula de admissão que requer uma sucção forte para puxar a água de um copo para a boca. A sucção e a deglutição estimulam simultaneamente dois nervos, os nervos frênico e vago, para aliviar os soluços.
A sucção vigorosa também força o diafragma, um feixe de músculos que infla os pulmões durante a respiração, a se contrair. A sucção e a deglutição ainda atuam sobre a epiglote, uma aba que cobre a traqueia durante a deglutição, fazendo com que ela se feche.
Juntas, essas ações acabaram com os espasmos de soluço na quase totalidade dos voluntários.
A ferramenta interrompeu os soluços em quase 92% dos casos. Em termos de satisfação, 226 dos 249 participantes (90,8%) responderam afirmativamente às questões sobre se consideravam a ferramenta fácil de usar.
Em relação à frequência dos soluços, 69% relataram tê-los pelo menos uma vez ao mês, e a maioria dos casos (65%) eram transitórios, com menos de duas horas de duração.
A equipe pretende agora submeter seu canudinho antissoluço a um ensaio clínico duplo-cego, a ser realizado na Europa e nos EUA, comparando o novo canudo com um dispositivo fictício não funcional. Se tiver sucesso, a equipe planeja então colocar o dispositivo no mercado.