CIDADE
Com mais de 4 mil agricultores, Soledade investe na venda de orgânicos
No Brasil, a agricultura familiar emprega mais de 10 milhões de pessoas, de acordo com o censo agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Soledade, cidade do Cariri paraibano, é da colheita da terra que parte da população garante o sustento – seja pela plantação ou comercialização dos produtos.
Hortaliças, batata doce, jerimum, feijão e milho estão entre os itens produzidos. Com cerca de 4 mil pessoas que vivem da agricultura, muitos foram afetados pela pandemia do novo coronavírus, já que costumavam vender os alimentos em feiras agroecológicas, que foram suspensas por conta da crise sanitária no país. Agora, a Prefeitura de Soledade busca capacitar e ajudar os pequenos produtores a retornar à venda dos orgânicos.
A gestão tem visitado os autônomos e pretende incluir na requalificação da BR-230 a Casa da Economia Solidária Bodega Agroecológica – local implantado pelo Governo do Estado que vende itens orgânicos produzidos pelos agricultores da ONG Coletivo Regional das Organizações da Agricultura Familiar e outros microempreendedores. Com a ajuda do governo, as feirinhas também devem retornar nos próximos dias.
Prefeito do município, Geraldo Moura Ramos ressalta que recentemente, Soledade foi contemplada com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), e além de adquirir os orgânicos colhidos pelos trabalhadores da terra, o programa garante a segurança alimentar de mais de 500 famílias. O município também aproveita os produtos para ofertar às pessoas em situação de vulnerabilidade social através do Programa ‘Tá na Mesa’.
“Nossa agricultura familiar é extremamente organizada e eficiente, cumprindo seu papel no desenvolvimento da cidade. Estamos buscando promover os produtos dos agricultores, ajudar na geração de renda desse grupo e impulsionar a retomada da feira, que também ficará acomodada em local estratégico para promover as vendas”, pontuou.
Requalificação da BR-230 – Além dos agricultores, a Prefeitura pretende alojar às margens da BR-230 artesãos do município. O objetivo é fazer do local uma ‘vitrine’ da história e potencialidades de Soledade. Isso porque, além de ter um fluxo diário de mais de 10 mil veículos, a região deve ganhar em breve um polo industrial que receberá empresas de minério – fazendo da cidade um centro de desenvolvimento, geração de emprego e renda de toda a região.