Nacional
Damares irá investigar vídeo em que líder do MBL fala de estupro
Ministra disse ter pedido a apuração à Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos. Em suas redes sociais, Renan Santos afirmou que processará Damares
Após a divulgação de um vídeo em que Renan Santos, líder do Movimento Brasil Livre (MBL), fala em estupro, o assunto começou a circular nas redes sociais. E devido à repercussão do caso, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, pediu que a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos investigue a gravação.
O vídeo, divulgado na noite de domingo (12), traz Renan Santos conversando com uns amigos e afirmando que, caso o grupo seja impedido de entrar no bar, a ativista Bárbara Tonelli seria estuprada. A gravação ocorreu em 2018.
– Se não formos permitidos de entrar, a Bárbara será estuprada – disse.
Diante da situação, Damares disse que, além de da investigação da Ouvidoria, irá pedir que o Ministério Público Federal (MPF) investigue a autenticidade da gravação.
Estupro não é brincadeira! Já pedi atuação da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos! Inadmissível isto! Não vamos permitir que estes jovens que se dizem tão politizados façam uma “brincadeira” desta – escreveu a ministra.
Já Renan Santos informou, em uma nota conjunta com Bárbara Tonelli, que o vídeo foi tirado de contexto e que o momento era uma “confraternização de amigos”. Além disso, ressaltou que “na ocasião, consumiam bebidas alcoólicas e faziam brincadeiras e piadas entre si”.
Somos amigos há mais de sete anos, Nutrimos afeto e respeito mútuo. Jamais tivemos qualquer desavença por conta desse episódio, ocorrido há três anos, e seguimos amigos, por nos tratarmos de pessoas normais, que fazem piadas, erram e se arrependem – disseram os dois.
Em suas redes sociais, Renan Santos também disse que pretende processar a ministra.
Pra ninguém falar bosta por aqui, eis a nota que eu e a Bárbara Tonelli redigimos sobre o vídeo, recortado e divulgado de forma criminosa pela ministra Damares Alves. Vamos processar a “ministra” pelos danos causados – escreveu.