Politíca
40% das mulheres vítimas de agressões são evangélicas; Jutay defende atuação da igreja no combate à violência
Quarenta por cento das mulheres vítimas de agressões físicas e verbais se declararam evangélicas. O dado é de pesquisa desenvolvida pela teóloga Valéria Vilhena no curso de doutorado da Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo.
Nesta quinta-feira (25), Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, o deputado estadual Jutay Meneses (Republicanos), afirma que o número liga o sinal de alerta e mostra que é preciso que as igrejas também se juntem ao Estado no combate à violência contra a mulher, que pode começar com uma agressão verbal e terminar em feminicídio.
O parlamentar, que é pastor evangélico, sempre trabalha a temática com os fiéis e em seu programa Nosso Tempo, pela Rádio Aleluia 99.7 FM, de segunda a sexta-feira a partir das 7 horas. “Para além das ações do Poder Público, outra forma de minimizar esses casos é por meio da atuação das próprias igrejas. No sentido de desenvolver ações e projetos que trabalhem a temática dentro da igreja a partir da relação vítima, agressor e filhos visando desmistificar o assunto que, muitas vezes, é visto como um tabu nas igrejas e entre as famílias evangélicas”, ponderou.
Jutay defende que é preciso transformar essa realidade a partir da execução de políticas públicas que visem combater a agressão contra as mulheres, sejam elas evangélicas ou não. “O conceito de ‘mulher submissa’ não assegura ao parceiro o direito de agredir – seja como for – a sua companheira. Quem faz essa interpretação têm agido contra a palavra de Deus”, afirmou.
Feminicídio – Em meio ao isolamento social, provocado pela pandemia do novo coronavírus, o Brasil contabilizou 1.350 casos de feminicídio em 2020, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Isso significa que uma mulher foi morta por ser mulher a cada seis horas e meia. O número é 0,7% maior comparado ao total de 2019.