CIDADE
No mês de fevereiro, a prefeitura de Soledade promove ação contra abusos de mulheres, idosos e crianças
Momento de descontração e lazer, o período de carnaval pode ser também de abuso e violência contra a mulher, idosos, crianças e outras pessoas em situação de vulnerabilidade social. A Prefeitura de Soledade intensifica neste mês a ‘Ação Folia’, programa voltado para atividades itinerantes em comunidades, focando em informar a população em situação de vulnerabilidade sobre seus direitos e orientar o que fazer quando esses são violados.
Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos mostram que só em 2022, foram realizadas 29.857 denúncias aos canais oficiais de comunicação. A maior parte dos abusos denunciados foram cometidos contra a criança e adolescente (30,06%); contra a mulher no ambiente doméstico (17,87%) e 5,98% em outros ambientes; contra a pessoa idosa (23,19%) e contra a pessoa socialmente vulnerável (8,57%).
Em Soledade, o projeto é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Social. A titular da pasta, Janaina Moura Ramos, explica que a ação acontece há anos e já trouxe resultados para os grupos envolvidos. “As pessoas começam a se empoderar ao ter conhecimento das informações, se mobilizam nas redes sociais, realizam denúncias. Já aconteceu de enquanto fazermos a ação, recebermos pessoas com denúncias, pedindo ajuda aos nossos técnicos”, relata.
A secretária ressalta que a ação acontece de forma conjunta, em parceria com outras secretarias, como de Educação e Saúde. O trabalho ocorre de forma integrada através da atuação dos órgãos – palestras educativas nas escolas, nos Postos de Saúde da Família (PSFs) e principalmente nas comunidades. “Assim atingimos toda a família, seja uma adolescente, adulto, idoso, gestante”, lista.
Engajamento – Órgãos e entidades de proteção à mulheres e outros grupos vulneráveis ressaltam a importância do engajamento da sociedade para que casos de violência deixem de ser subnotificados e passem a ter a visibilidade necessária. Em Soledade, a campanha busca também o apoio da população.
“Essa é uma responsabilidade de toda a sociedade, somos apenas um instrumento para informar, orientar. Com essa orientação em mãos, todos têm o dever de denunciar, instruir, notificar os órgãos para que a violência, o preconceito, o abandono, tenham uma redução considerável”, pontuou Janaina.