Politíca
Servidores de Santa Rita cobram diálogo com gestão municipal em audiência promovida pelo deputado Anísio Maia
Os servidores públicos de Santa Rita compartilharam a atual situação trabalhista no município em audiência pública nesta sexta-feira (29). A audiência foi promovida pelo deputado estadual Anísio Maia (PSB), presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa da Paraíba.
Durante a audiência, Anísio reforçou que o papel da Assembleia Legislativa é garantir um canal de diálogo entre os servidores e o município. O deputado, presidente da Comissão de Educação, garantiu que a audiência cumpre a função de ser um espaço seguro para que os trabalhadores possam reivindicar seus direitos.
“Santa Rita tem dificuldade de diálogo entre a administração municipal e os servidores. Se a administração não tem um servidor bem atendido, é difícil a administração funcionar bem”, disse Anísio.
Na audiência, participaram da mesa José Farias, presidente da Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Santa Rita (Sinfesa), Gilberto Paulino secretário de mobilização da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rayana Andrade do Convoca Santa Rita, e os vereadores Tenente Jair e Irmão Josivaldo. Todos compartilharam as próprias demandas e ratificaram o apoio e solidariedade aos servidores.
“Tem funcionário há 6 anos sem ser recebido pelo gestor. Salário baixo há muito tempo. Gestor que não habilita, não prepara os funcionários. Quem perde com isso é a população”, compartilhou o vereador Tenente Jair.
Gilberto Paulino, da CUT, também reforçou o papel da entidade em apoio aos servidores e refletiu que o problema que acontece na educação de Santa Rita é reflexo da gestão nacional.
O vereador Irmão Josivaldo e Rayana Andrade, do movimento Convoca Santa Rita, também compartilharam a ausência de diálogo com a atual gestão municipal e apoio aos servidores.
José Farias, presidente do Sinfesa, exigiu respeito aos servidores. “Os orçamentos públicos de Santa Rita são gigantescos. E esse orçamento é pra pagar os servidores também… Nós não queremos inviabilizar a gestão de ninguém, querendo que os direitos dos servidores sejam respeitados”.
Após a fala dos participantes da mesa, os servidores que estavam na audiência puderam compartilhar suas angústias com a falta de apoio municipal e a ausência de reajuste salarial desde 2016.
Uma delas, a funcionária de apoio Luiza Clementino, desabafou: “Não dão condições pra gente trabalhar, porque o auxiliar é pau pra toda obra. Mas traz esses cantores (em relação ao anúncio do São João de Santa Rita em 2022). É difícil, não é fácil. Meu salário está defasado, tá dando nem pra viver, porque mais duas pessoas dependem do meu salário. E eu preciso fazer bico, costurar alguma coisa, pra ganhar mais um dinheiro porque quando eu vou fazer minha feira eu vejo que não tá dando”.
Conceição, outra servidora de apoio do município, pediu socorro e relatou, emocionada, que já chegou a trabalhar doente para não ter o pouco que ganha descontado.
A partir do que foi discutido na audiência, será feito um documento sobre a questão salarial para o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB).