Assembleia homenageia 65 anos da Asplan; setor sucroalcooleiro movimenta R$ 2 bilhões e chega a gerar 65 mil empregos

Movimentando cerca de R$ 2 bilhões e gerando mais de 19 mil empregos formais e até 65 mil de forma indireta no estado, a agroindústria da cana-de-açúcar é responsável por 3% do Produto Interno Bruno (PIB) da Paraíba. Para comemorar os 65 anos da entidade representativa do setor, a Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou nesta quarta-feira (8) uma sessão especial, que também homenageou, com a medalha de Epitácio Pessoa, o presidente da instituição, José Inácio, pela trajetória na diretoria da entidade.

“Com muita alegria, estamos reunidos para celebrar os 65 anos da Asplan, uma entidade séria, que representa um setor que gera emprego, riquezas e ainda é braço importante na proteção do meio ambiente. Também quero parabenizar o presidente da Asplan, José Inácio, que recebe merecidamente a Medalha de Epitácio Pessoa. Seu nome é sinônimo de luta pelo setor sucroalcooleiro”, destacou o deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB), autor da propositura, juntamente com o deputado João Gonçalves (PSB).

A Paraíba é o 3º maior produtor de cana-de-açúcar do Nordeste, ficando atrás apenas de Alagoas e Pernambuco. Além dos empregos direitos, o setor tem empregado de 44 mil a 65 mil pessoas de forma indireta. Apesar da sua importância para a economia do estado, o deputado Tovar Correia Lima lamentou que ainda esteja sendo negligenciado pelo atual governo da Paraíba.

“Infelizmente o governo não atende as reivindicações e não tem uma política clara e eficaz de estimulo a utilização do etanol. Sei que este é momento de comemorar, mas não posso deixar de cobrar e destacar a importância do atendimento de alguns pleitos”, afirmou.

Homenageado – José Inácio, o kkkk homenageado do dia, enfatizou o orgulho de receber essa medalha, que é inspirado em uma das figuras políticas de mais força na Paraíba, Epitácio Pessoa. “Agradeço a Deus por estarmos aqui firmes e fortes e por comemorarmos os 65 anos da Asplan. Quero dividir essa medalha com a minha família, com os funcionários da Asplan e todos os deputados presentes”, afirmou.

O evento seguiu com discursos de convidados em homenagearam a Asplan e a José Inácio, e enfatizaram a importância do setor sucroalcooleiro. Dentre as autoridades presentes, estavam o Senador Efraim Morais, representantes de usinas da Paraíba e outros estados, Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário da Paraíba, dentre outros deputados da Casa.

O setor – A Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba tem 1.800 associados, responsáveis pelo cultivo de 140 mil hectares de cana, distribuídos na zona litorânea, agreste e brejo paraibano, que compreendem 36 municípios produtores.

Essa matéria-prima tão rica se transforma em produtos de excelência, a exemplo da tradicional cachaça, do álcool, do etanol e tantos outros derivados.

A Asplan produz por safra, em média, 420 milhões de litros de etanol, considerado um combustível limpo e renovável. Além disso, atualmente, a geração de energia elétrica com biomassa de cana na Paraíba é de 53,2 MWh. Esta geração equivale a 10% do consumo. A capacidade deve aumentar em 25% até 2030.O deputado estadual, Tovar Correia Lima (PSDB), cobrou nesta terça-feira (19) providências aos Governos Estadual e Federal para conter o desperdício de água no manancial do açude Epitácio Pessoa (Boqueirão), que se encontra com apenas 19% da sua capacidade. O tucano pediu ainda que o Ministério Público Federal faça o bloquei dos recursos do orçamento destinados as obras da transposição do rio São Francisco, para que elas não sejam utilizadas para outra finalidade.

As causas principais do desperdício são os vazamentos nas tubulações e também o roubo de água para irrigação. Durante discurso na tribuna da Assembleia Legislativa, o parlamentar ainda alertou para a possibilidade de um desabastecimento de água em Campina Grande e em 18 outros municípios da região.

“Nos aproximamos de um colapso total no abastecimento de água em nosso Estado. Muitos mananciais já se encontram vazios e, agora, vivemos a eminência da escassez de água no açude de Boqueirão, que abastece 19 municípios. Por isso, cobro aqui uma atitude do Governo do Estado para evitarmos que centenas de pessoas fiquem sem água como já acontece em diversos municípios”, disse o deputado.

Tovar explicou que em 2012 iniciou o período de estiagem e a água do açude Boqueirão foi diminuindo mês a mês. Não se regulava as retiradas efetuadas pela Cagepa e, tampouco, as retiradas feitas pelos agricultores para irrigação que, sequer outorga do uso da água possuíam.

Segundo ele, o DNOCS, administrador do açude, abriu as comportas das descargas de fundo que perenizavam o Rio Paraíba, fechadas desde a crise de 2008. “As comportas permaneceram abertas por um período de 50 dias, entre meados de fevereiro a meados de abril, ultrapassando quase três vezes a vazão permitida naquele mês”, revelou.

Conforme Tovar, com o retardo das medidas adotadas pelo Governo Federal se chegou, mais uma vez, ao racionamento em dezembro de 2014, e pelo andar da carruagem, deve-se atingir o volume morto em meados de novembro de 2015. “O Volume morto significa caos. É água sem condições de consumo, apodrecida, além da contaminação por fertilizantes usualmente utilizados na agricultura”.

O deputado fez o alerta e pediu que a Assembleia Legislativa não se furte à convocação do Governo, a fim de demonstrar para sociedade quais as ações que estão sendo adotadas neste momento.

Requerimentos – Durante o pronunciamento, Tovar Correia Lima fez um apelo ao Governo do Estado, através da Secretaria de Recursos Hídricos, para que promova estudos visando a perfuração e instalação de poços artesianos em escolas, hospitais, creches e órgãos estaduais que tenham um grande fluxo de pessoas, nos municípios que são abastecidos pelo Açude Epitácio Pessoa (Boqueirão), com o objetivo de aliviar os efeitos da crise hídrica.

Outro apelo formulado pelo parlamentar será encaminhado a Procuradoria da República na Paraíba. No documento, o deputado pede que seja garantido a manutenção dos repasses orçamentários previstos na LDO e Orçamento Geral da União para transposição do rio São Francisco. “Isso vai garantir que as verbas sejam utilizadas apenas para a transposição e não desviadas para outros fins, atrasando ainda mais a conclusão das obras”, disse.