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Bolsonaro elogia Senado por PEC dos bilhões e cobra governadores do Nordeste a baixar combustíveis
O presidente Jair Bolsonaro (PL) elogiou, nesta sexta-feira (1), a aprovação no Senado da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que autoriza o incentivo para benefícios fora do teto de gastos e cobrou de governadores do Nordeste que abaixem o preço dos combustíveis.
As declarações foram dadas em visita a obra de duplicação rodoanel em Feira de Santana (109 km de Salvador).
A PEC foi aprovada na noite desta quinta-feira (30) no Senado com medidas que terão um custo total de R$ 41,25 bilhões. O texto dá aval ao governo para turbinar programas sociais até o fim do ano sem esbarrar em restrições da lei eleitoral.
Ao citar a aprovação da PEC, o presidente citou o aumento do Auxílio Brasil que o benefício foi majorado de R$ 400 para R$ 600, com validade até dezembro deste ano.
Bolsonaro ainda cobrou reconhecimento pela recente baixa nos combustíveis: “Eu perguntaria a vocês: estão gostando da baixa dos combustíveis? Há pouco me culpavam pelo aumento. Quando baixa, muito se calam”.
Também falou que não entende os governadores dos nove estados do Nordeste por entrarem na Justiça contra a lei que estabelece um teto da alíquota do ICMS sobre os combustíveis.
“Infelizmente, os nove governadores do Nordeste entraram na Justiça contra redução de impostos estaduais. Não querem colaborar com o povo. […] Querem arrecadar cada vez amis e extorquir o contribuinte brasileiro”, disse.
O presidente também falou sobre a conclusão das obras de transposição do Rio São Francisco, principal obra hídrica da região Nordeste, e acusou governos anteriores de desviram “dinheiro para o bolso de malandros que estavam ao lado do governo”.
“Somente com o endividamento da Petrobras feito pelo governo vermelho, que equivale a R$ 900 bilhões, daria para ser feita 60 vezes a transposição do rio São Francisco. Ou seja, não falta dinheiro, o que faltava era gente honesta para administrar o nosso Brasil”
Antes, o presidente participou de uma motociata entre o aeroporto e o local da solenidade junto com o ex-ministro da Cidadania João Roma (PL), pré-candidato ao governo da Bahia.
Ao contrário dos últimos passeios de moto, o presidente usou capacete em parte do trajeto, mas retirou o equipamento de proteção no trecho final, já na chegada ao local da solenidade.
Jair Bolsonaro está na Bahia para agendas até sábado (2), quando participa de motociata em comemoração pela Independência da Bahia, pela data da expulsão dos portugueses de Salvador em 1823 e marco da consolidação da Independência do país.
Outros três pré-candidatos também participam de festejos na capital baiana: Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).
Em Feira de Santana, o presidente chegou por volta das 10h30, acompanhado de uma motociata. O local do evento estava lotado e, quando chegaram os motociclistas com Bolsonaro aumentou ainda mais de apoiadores.
Inicialmente, estavam separados e mais distantes do palco, mas foram autorizados a chegar perto por ordem do presidente, que acenou aos seguranças.
Na plateia, as pessoas usavam as cores verde e amarelo. Algumas camisetas pediam intervenção militar, outras falavam em voto impresso. No intervalo dos discursos, gritavam “mito”.
A legislação eleitoral determina que esta sexta-feira é o último dia em que o chefe do Executivo, ou qualquer outro candidato, pode participar de inauguração de obras públicas.
Atos com comitiva, cerimônia e discurso, como o de hoje, podem ser questionados eleitoralmente, ainda que não sejam de lançamento.
Depois da cerimônia, a comitiva presidencial segue para Cruz das Almas, cidade do Recôncavo baiano onde encontrou o prefeito bolsonarista Ednaldo Ribeiro (Republicanos).
Na sequência, Bolsonaro irá à cidade de Maragogipe, inaugura as obras de restauração de um casarão histórico que é sede da filarmônica local.