Internacional
Ditador proíbe ato religioso na Nicarágua; proximidade com Lula preocupa religiosos no Brasil
O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, proibiu a realização de uma procissão religiosa com a réplica da imagem de Nossa Senhora de Fátima que visitava Manágua, a capital do país. A procissão deveria ter ocorrido no último sábado (13/08).
Uma nota oficial da arquidiocese revelou o motivo do cancelamento da procissão:
“A Polícia Nacional nos comunicou que, por motivo de segurança interna, não permite a realização da procissão prevista para as sete horas da manhã deste próximo 13 de agosto, atividade programada em ocasião do Congresso Mariano e do encerramento da peregrinação da imagem de Nossa Senhora de Fátima no território nacional.”
A polícia do ditador socialista tem proibido grandes aglomerações públicas, com exceção daquelas que são organizadas pelo regime.
Em resposta à repressão da procissão, a arquidiocese convidou os fiéis a se dirigirem à Catedral de Manágua “chegando a pé ou em veículos particulares de forma pacífica para rezar pela Igreja e pela Nicarágua.”
Na semana passada, o ditador mandou fechar seis estações de rádio católicas, além de ter mantido preso na casa paroquial o Bispo Dom Rolando Álvarez.
PROXIMIDADE DE LULA E ORTEGA PREOCUPA RELIGIOSOS NO BRASIL
O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, é muito próximo a Lula, que sempre contemporizou os malfeitos do colega. Em novembro do ano passado, Lula minimizou as perseguições da ditadura de Ortega e o comparou à então chanceler alemã Angela Merkel.
“Temos que defender a autodeterminação dos povos. Sabe, eu não posso ficar torcendo. Por que que a Angela Merkel pode ficar 16 anos no poder e Daniel Ortega não?”, disse Lula.
A proximidade de Lula com Ortega aumenta a preocupação de religiosos no Brasil com uma possível perseguição de Lula, caso ele vença a eleição. O Deputado Federal Pastor Marcos Feliciano (PL/SP). Ele admitiu que essa preocupação assusta a comunidade evangélica:
“Conversamos sobre o risco de perseguição, que pode culminar no fechamento de igrejas. Tenho que alertar meu rebanho de que há um lobo nos rondando, que quer tragar nossas ovelhas através da enganação e da sutileza. A esmagadora maioria das igrejas está anunciando a seus fiéis: ‘tomemos cuidado’“, disse Feliciano a uma rádio.
“Existem muitas formas de se fechar uma Igreja. Uma delas é calando os pastores ou obrigando religiosos a terem condutas anti bíblicas. A igreja fisicamente estará aberta, mas na prática estará fechada“, disse ele, dessa vez à blogueira Mônica Bergamo.