Esporte
Presidente aponta atletas “mal intencionados” no Campinense
Danylo Maia finalmente respondeu a questionamentos após a campanha melancólica do Campinense na terceira divisão nacional. E, entre os vários temas, ele apontou “culpados” pelo rebaixamento.
Em entrevista coletiva convocada por ele mesmo, que aconteceu na manhã de ontem (22), o presidente rubro-negro fez um balanço de sua gestão, destacando a parte administrativa, financeira, ressaltando o programa de sócio-torcedor, que rendeu mais de R$ 300 mil aos cofres do clube, que “pagou uma folha salarial”.
O dirigente também comentou o fato de que sua gestão é composta por “marinheiros de primeira viagem”, que eram torcedores de arquibancada há dois anos e que agora estão do outro lado, tentando buscar o melhor para a instituição.
E, apesar do descenço de divisão, ele acredita que o time não irá mais passar 10 anos para voltar a Série C, e acredita ser possível já no ano que vem, por conta da estrutura montada pelo clube, inclusive financeira, uma vez que o bicampeonato estadual garante participação em torneios importantes que distribuem cotas financeiras que tornam possível um bom planejamento.
– Diante de todo balanço futebolístico, não antecipamos nenhuma cota de 2023 para 2022. Com o bicampeonato estadual, temos calendário cheio, e teremos cota da Copa do Nordeste, da Copa do Brasil, e da Série D. Isso nos dá boas perspectivas para o ano que vem para que a gente consiga planejar a temporada do ano que vem ainda melhor – afirmou.
Sobre a campanha que culminou no rebaixamento ocupando a última posição da lanterna na Série C do Campeonato Brasileiro, o presidente da Raposa afirmou que o ponto fundamental para o fracasso foram contratações de atletas que acabaram contaminando o ambiente e prejudicando o ambiente do trabalho. E citou quatro exemplos aos quais não poupou críticas.
– Erramos e erramos feio nas contratações. A partir do momento que a gente tomou a decisão de contratar quatro jogadores, através de performance, scouts, e pensamos que eles nos dariam lastro para disputar uma Série C, aí foi um grande erro. Apostar em caras como Luiz Fernando, João Paulo, Douglas Lima e Erick Pulga, que não produziram absolutamente nada e a gente, na qualidade de dirigentes, não só com os resultados, mas com todos os atletas, teremos que ter mais cuidado. As oportunidades que demos para esse pessoal, a quantidade de conversa que tivemos, a estrutura de moradia que demos, cada um em um apartamento, moraram bem, cumprimos rigorosamente em dia o pagamento dos aluguéis destes atletas, que não produziram nada – apontou.
O descontentamento do mandatário com o quarteto fez até com que ele eximisse de culpa os treinadores que dirigiram o clube durante a campanha, uma vez que, de acordo com Danylo Maia, não havia como mobilizar ou buscar formas de o time atuar melhor com jogadores que ele chamou até de mal intencionados.
– Não teria condições alguma de Ranielle ou de Flávio Araújo tirar o Campinense da situação que estava quando nós tínhamos atletas descomprometidos. Nós acreditávamos na mudança de comportamento, até pelo investimento que a gente fez. A gente não tirou antes porque não tinha como substituir. Foi um erro nosso. Quando você tem peças mal posicionadas, mal intencionadas, não tem nada no mundo que dê resultado – disse.
Erick Pulga veio para o Campinense por empréstimo do Atlético-CE, enquanto João Paulo foi aguardado por quase um mês pela direção para encerrar sua participação na Copa do Brasil pela Portuguesa-RJ e poder vestir a camisa rubro-negra.
Vozdatorcida