Educação & Cultura
65,8% dos professores afirmam que alunos estão mais violentos; Rafaela Camaraense defende programa de educação no pós-pandemia
Pesquisa realizada pela Nova Escola mostra que seis em cada dez professores do país avaliam que os alunos estão mais violentos desde que retornaram às aulas presenciais, após terem ficado dois anos em atividades remotas por causa da pandemia. Dos entrevistados, 65,8% responderam que os alunos estão mais violentos neste ano, sendo que 22,9% disseram que os casos de violência acontecem mais de uma vez por semana na escola em que atuam. Outros 23,4% afirmam que acontece mais de um caso por mês.
A candidata a deputada federal Rafaela Camaraense (PSB) afirma que são necessárias ações para enfrentar esse problema e propõe um programa de educação no pós-pandemia com o objetivo de diminuir os efeitos adversos causados. Para ela, o programa deve ser formulado e articulado com a colaboração dos entes federativos.
“É preciso criarmos um programa capaz de recuperar o conteúdo não incorporado e curar sequelas psicossociais que atingem alunos e também professores. As atitudes violentas estão se tornando corriqueiras nas escolas, o que estabelece o desafio de reduzir o abalo psicológico na comunidade escolar. Por isso, defendemos a elaboração de um programa de recuperação da educação no pós-pandemia”, destacou Rafaela.
A pesquisa mostra ainda que entre os principais motivos apontados pelos professores para a agressividade dos estudantes estão o aumento de doenças psicológicas por conta do isolamento nesse período (50,6%) e o agravamento da vulnerabilidade das famílias durante a pandemia (46%).
Os professores também apontam que o problema é resultado da pouca socialização dos alunos nos últimos dois anos (40,5%) e da falta de ações disciplinares para coibir a violência nas escolas (24,7%).