Nacional
Novo encolhe no pleito deste ano e corre risco de extinção
Retração ocorreu tanto no Legislativo estadual quanto na Câmara Federal; partido sequer conseguiu atingir a cláusula de barreira e ficará fora do horário eleitoral
Fundado em 2015, com a promessa de ser a antítese no meio político, o Partido Novo vive um processo de desidratação, que tem ganhado ainda mais força após o desempenho da legenda nas eleições deste ano. Diferentemente de 2018, quando atraiu simpatizantes e conseguiu um desempenho surpreendente ao eleger o governador de Minas, Romeu Zema, até então desconhecido no meio político, e 20 deputados estaduais e federais, a sigla parece ter minguado nas urnas em 2022.
Neste ano, o Novo sequer conseguiu atingir a cláusula de barreira, que determina aos partidos a eleição de pelo menos 11 deputados ou 2% dos votos válidos no país. Sem acesso a tempo de propaganda de TV e sem a obrigação de ser chamado para debates nas próximas eleições, nos bastidores o temor é que a sigla sofra uma debandada dos poucos eleitos e vá rumo ao desaparecimento.
No primeiro turno, realizado no dia 02 de outubro, além do governador Romeu Zema de Minas Gerais, que foi reeleito com 6.094.136 votos, o NOVO elegeu e reelegeu deputados federais e estaduais. São eles:
Deputados Federais (reeleitos)
Adriana Ventura (SP) – com 109.474 votos
Gilson Marques (SC) – 87.894 votos
Marcel van Hattem (RS) – 256.913 votos
Deputados Estaduais
Felipe Camozzato (RS) – 39.517 votos
Leo Siqueira (SP) – 90.688 votos
Mateus Cadorin (SC) – 12.390 votos
Dr. Mauricio (MG) – 52.025 votos
Zé Laviola (MG) – 51.913 votos