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Paquera sob controle: Deputada propõe regulamentação de apps de relacionamento como o Tinder
Existem hoje várias opções de aplicativos de relacionamento no Brasil, a exemplo dos famosos Tinder e Happn. A maneira como eles têm avançado nos últimos anos, aproximando os solteiros do país, é algo notável.
Todo esse cenário, no entanto, chamou a atenção da deputada federal Luizianne Lins (PT-CE). Ela protocolou um projeto de lei na Câmara federal que visa regulamentar não só o Tinder e o Happn, mas todas as plataformas de relacionamento.
Conforme o texto, o principal objetivo da proposta é atribuir responsabilidades às empresas que prestam esse tipo de serviço, garantindo mais segurança ao usuários. Ou seja: perfis falsos podem estar com os dias contados.
Regras previstas
O projeto chega, inclusive, a assinalar algumas regras que deverão ser seguidas pelas plataformas. Veja algumas delas, abaixo:
- Verificação de identidade dos usuários, inclusive com confirmação de idade e validação das informações;
- Implementação de sistemas para detecção e bloqueio de perfis falsos, abusivos ou com promoção de atividades ilícitas, com subsequente banimento automático;
- Canais de comunicação para denúncia de condutas indesejadas, abusivas ou criminosas, assim como implementação de medidas educativas sobre segurança e prevenção de crimes.
Embasamento
A proposta apresenta como justificativa o dado de que 22% dos brasileiros usam ou já usaram aplicativos como o Tinder. Além disso, conforme o texto, o aumento desse tipo de serviço sugere também o aumento do número de crimes e tentativas de golpe dentro dessas plataformas.
As situações e os riscos gerados não se restringem a prejuízos financeiros: eles vão além, chegando à violência física e psicológica contra as vítimas.
“O presente projeto busca preencher uma importante lacuna na legislação brasileira em relação à proteção dos usuários de aplicativos de relacionamento. A proposta, ao mesmo tempo em que preserva a liberdade de uso e oferta das aplicações de internet, garante que os serviços fornecidos sejam prestados de forma segura e responsável”, aponta a deputada Luizianne Lins.
Penalidades
O projeto prevê, ainda, punições caso as plataformas não se adequem às medidas de segurança e convivência. Elas estarão sujeitas, por exemplo, a multas baseadas no faturamento, que podem chegar a até R$ 50 milhões.
Além disso, os aplicativos podem ser suspensos temporariamente ou mesmo proibidos de exercer as atividades no país, em último caso.