ECONOMIA
Compreendendo as taxas de juros e a dívida do cartão de crédito no Brasil
Altas taxas de juros de cartão de crédito
Você sabia que os cartões de crédito podem cobrar taxas de juros muito altas? Pois bem, no Brasil, o Banco Central anunciou recentemente que as taxas de juros para dívidas de cartão de crédito atingiram impressionantes 435% ao ano em novembro de 2023. Isso é muito! Mas não se preocupe, na verdade é inferior à taxa de 445% do mês anterior, outubro.
O que é dívida de cartão de crédito?
Vamos decompô-lo. Ao usar um cartão de crédito, você deve devolver o dinheiro gasto. Se não puder pagar o valor total, você transfere o saldo para o mês seguinte. Esse saldo vira um empréstimo pessoal de curto prazo e é chamado de dívida de cartão de crédito.
Novas regras para limitar as taxas de juros
Agora, aqui estão algumas boas notícias. O governo implementou novas regras para limitar as taxas de juros sobre dívidas de cartão de crédito e pagamentos parcelados. Essas regras estabelecem que os juros não podem ultrapassar 100% do valor da dívida. Essas regras entraram em vigor em 3 de dezembro de 2023.
Dívida e taxas de inadimplência
Vamos falar sobre dívida e taxas de inadimplência. O Banco Central também compartilhou alguns dados interessantes. Em novembro, a taxa global de inadimplência diminuiu 0,1%, atingindo 3,4%. A inadimplência das empresas aumentou 0,1%, enquanto a inadimplência das pessoas físicas diminuiu 0,1%, atingindo 2,9% e 3,8%, respectivamente.
Na categoria de crédito livre, que inclui empréstimos e cartões de crédito, a inadimplência também diminuiu 0,1%, atingindo 4,8%. Esta diminuição deveu-se sobretudo à redução de 0,2% no crédito às famílias, que atingiu 5,7%. No entanto, a taxa de incumprimento no crédito às empresas aumentou 0,1%, atingindo 3,6% em novembro.
Segundo o Banco Central, o nível de endividamento das famílias em outubro foi de 47,6%, o menor desde setembro de 2021. Isso representa uma queda de 0,1% em relação ao mês anterior e uma queda de 2,1% em relação a outubro de 2022. O percentual de renda utilizado para As amortizações de dívidas também diminuíram 0,1% em outubro, atingindo 27,2%.
Estoque de crédito
Agora, vamos falar do valor total de crédito disponível no Brasil. Em novembro, o estoque de crédito do Sistema Financeiro Nacional aumentou 0,9% e atingiu a impressionante marca de R$ 5,7 trilhões.
Esse aumento foi impulsionado pela expansão de 0,8% nos empréstimos às empresas, totalizando R$ 2,2 trilhões, e pelo aumento de 0,9% nos empréstimos às famílias, totalizando R$ 3,4 trilhões.
Contudo, quando olhamos para o crescimento global do stock de crédito ao longo dos últimos doze meses, podemos ver que tem vindo a abrandar. Na comparação com outubro, a taxa de crescimento diminuiu de 7,5% para 7,1%. As taxas de crescimento dos empréstimos a empresas e a particulares também diminuíram, com aumentos de 3,9% e 9,2%, respetivamente, face a 4,2% e 9,8% no mês anterior.
Em coletiva de imprensa, o chefe de estatística do Banco Central, Fernando Rocha, destacou algumas tendências interessantes. Ele mencionou que o saldo dos cartões de crédito aumentou 2,9% ao mês, enquanto o saldo dos cartões de débito, onde as compras são pagas integralmente na próxima fatura, aumentou 3,2% em novembro.
Curiosamente, a opção de parcelamento no cartão de crédito cresceu em ritmo mais lento (4,9%), enquanto a opção de crédito rotativo, onde você paga apenas o valor mínimo, diminuiu 3,3% em novembro. Rocha explicou que esse “comportamento contrário” pode indicar que os clientes estão negociando com os bancos a mudança da opção de crédito rotativo para a opção de parcelamento, que oferece melhores condições de pagamento.
Lembre-se de que é importante ter cuidado com dívidas de cartão de crédito. As taxas de juros podem ser extremamente altas! É melhor evitar usar a opção de crédito rotativo, se possível. Se você tem dívidas no cartão de crédito, tente quitá-las o mais rápido possível ou procure outros bancos que ofereçam melhores condições. Fique esperto com seu dinheiro!