ECONOMIA
Ibovespa hoje: Bolsa fecha estável, refletindo cautela global sobre política monetária
Não houve nenhum fator para movimentar o índice e os pesos-pesados, como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3 e PETR4)
Em dia de volatilidade, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, fechou perto da estabilidade, em um pregão morno, sem nenhum fator para movimentar o índice e os pesos-pesados, como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3 e PETR4).
O mercado segue cauteloso em relação à política monetária aqui e nos Estados Unidos.
“Hoje não teve novidades em relação ao cenário. O mercado segue cauteloso por conta do adiamento do corte de juros nos Estados Unidos e algumas falas de ontem do Campos Neto que trouxeram dúvidas sobre os próximos cortes da Selic. A Bolsa também acompanhou lá fora”, explica Bruna Sene, analista da Nova Futura Investimentos.
No fechamento, o índice subiu 0,02%, aos 124.196,18 pontos, encerrando a sequência de seis quedas consecutivas. O volume financeiro totalizou R$ 21,8 bilhões.
Na semana, o Ibovespa acumula uma queda de 1,39%, ampliando a perda mensal para 3,05% e a perda no ano para 7,44%. Ontem, o índice havia fechado no menor patamar desde 14 de novembro devido à cautela nos mercados internacionais.
Cenário internacional
Em Nova York, os principais índices de ações encerraram sem uma direção única, com o Nasdaq caindo 0,52%, S&P 500 perdendo 0,21% e o Dow Jones registrando um ganho marginal de 0,06%.
A incerteza persiste em relação à política monetária nos EUA, com o presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, indicando que pode não haver espaço para redução das taxas de juros até o final do ano, devido à inflação persistente.
Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) indica a possibilidade de corte de juros na próxima reunião.
Reflexos locais
No Brasil, o mercado repercutiu as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a desaceleração do ritmo de cortes da Selic. Isso afeta diretamente setores sensíveis às taxas de juros, como varejo e construção civil.
Dólar
No mercado de câmbio, o dólar encerrou o dia cotado em cerca de R$ 5,25, refletindo preocupações com a liquidez global e movimentos nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA.
Cenário corporativo
Entre as maiores altas do dia, tivemos Assaí (+2,65%), Totvs (+2,47%) e Localiza (+1,82%). Por outro lado, as ações mais afetadas durante a sessão foram: CVC (4,26%), Casas Bahia (4,17%) e MRV (3,31%).
Petrobras viu suas ações variarem, ON (PETR3) caiu 0,24% e PN (PETR4) subiu 0,18%. A Vale terminou a sessão em alta de 0,37%.