ECONOMIA
Ata do Copom encerra discussão sobre corte da Selic, diz Haddad
Os membros que votação pelo corte de 0,50 pp citaram, como principal motivação, o custo da reputação de não seguir o forward guidance
A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) sobre a reunião da última quarta-feira (8), foi divulgada hoje de manhã e veio para encerrar a discussão sobre o corte da taxa básica de juros (Selic).
Ficou decidido, na semana passada, por 5 a 4, cortar a Selic em 0,25 ponto para 10,50% ao ano.
No documento, os membros que votaram pelo corte de 0,50 ponto percentual na taxa citaram, como principal motivação, o custo da reputação de não seguir o forward guidance — caminho desejado para o futuro da política monetária.
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Além disso, os membros também compartilharam da percepção de aumento das incertezas internas e externas entre as reuniões de março e maio, mas “compartilham ainda do firme compromisso com o objetivo fundamental de atingimento da meta e de reancoragem das expectativas”.
O grupo — formado pelos diretores indicados pelo atual governo — enfatizou a necessidade de flexibilidade das decisões nas reuniões a partir de junho, o que permitiria “calibrar a trajetória do instrumento de política monetária da forma apropriada”.
Após a análise do cenário, a maioria do Comitê avaliou que era apropriado reduzir a taxa Selic em 0,25 ponto percentual. Consideraram, para tanto, que o cenário esperado não se confirmou em função da desancoragem adicional das expectativas, da elevação das projeções de inflação, do cenário internacional mais adverso e da atividade econômica mais dinâmica do que esperado.
“Por fim, todos corroboraram o entendimento de que a extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa de juros serão ditadas pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”, concluiu o documento.
Haddad diz que ata veio do jeito que ele imaginava
Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ata veio da forma com que ele imaginava. “Eram duas posições técnicas e aceitáveis. (…) Dois argumentos pertinentes e respeitáveis”, explicou.
Segundo ele, havia “mais rumor do que verdades nas especulações” e, agora, com a ata, as dúvidas do mercado foram sanadas.
Haddad disse que a banda da meta de inflação existe para casos excepcionais e que a busca deve continuar sendo pelo centro da meta. O ministro disse que o atual governo herdou uma inflação muito alta em 2022 e que só não foi maior devido à adoção de um artifício — a desoneração dos combustíveis — por parte do governo anterior.
Sobre as compensações à desoneração da folha de pagamentos, Haddad fez questão de desmentir notícia veiculada hoje de que seriam taxados as petroleiras e os bancos. “Não há estudo na Fazenda em relação a isso. Essa informação é falsa. Temos alguns cenários, mas nenhum deles diz respeito a notícia de hoje. Não sai de onde saiu essa informação”, frisou.