CIDADE
Prefeitura valoriza profissionais que fazem o elo entre as políticas públicas e a comunidade
Eles atuam junto à população em situação de rua, aos idosos, às crianças, às pessoas com deficiências… São os assistentes sociais os profissionais responsáveis por articular, mobilizar e operacionalizar ações cotidianas, a fim de garantir os direitos humanos das populações em contexto de vulnerabilidade. Nesta quarta-feira, 15 de maio, é celebrado o Dia do (a) Assistente Social, profissionais que atuam nas secretarias da Prefeitura de João Pessoa fazendo o elo entre as políticas públicas da gestão municipal e a comunidade.
Suênia Galdino Justino da Costa é assistente social há 24 anos. E há quatro, ela trabalha no Serviço de Acolhimento Familiar da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania (Sedhuc) da Prefeitura de João Pessoa.
No dia a dia, ela acolhe crianças e adolescentes afastadas da família por medida protetiva. O setor também é responsável por realizar o acompanhamento das famílias de origem (quando há a possibilidade de reintegração) ou das famílias substitutas (quando são esgotadas as possibilidades de retorno).
“Bem recente fui tocada pela história de duas crianças encaminhadas para acolhimento conosco. Elas foram reintegradas a sua mãe que aceitou ressignificar sua vida para ter suas filhas de volta, sendo mãe solteira e sem rede familiar. Fizemos o encaminhamento necessário para que eles tivessem acesso às políticas de saúde, educação, habitação e assistência, para que pudessem se reestruturar”, relata Suênia Galdino.
Para ela, o que mais gratifica na profissão é quando situações como a descrita acima acontecem, ou seja, quando, de fato, pessoas e famílias são asseguradas à proteção social. “Sempre tive uma identificação com a assistência social por acreditar que existe o oprimido e o opressor, e que a classe mais desfavorecida precisa ter acesso aos seus direitos”, ressalta, acrescentando que o mais desafiador é desconstruir padrões do acesso ao direito como assistencialismo.
A secretária de Direitos Humanos e Cidadania, Benicleide Silvestre, explica que o fortalecimento da política de assistência social vem demandando cada vez mais a inserção de profissionais assistentes sociais na defesa de direitos das famílias em situação de vulnerabilidade.
“Cumprindo determinação das normativas nacionais, a formação dos trabalhadores da política de assistência social integra uma agenda institucional já sistematizada. A cada quatro anos, o município de João Pessoa elabora um Plano de Educação Permanente para os trabalhadores do Sistema Único da Assistência Social-SUAS, com o objetivo de potencializar os conhecimentos técnicos, refletir as práticas e as realidades vivenciadas”, revela.
Segundo a secretária, esse Plano é coletivamente discutido e, anualmente, atualizado nos seus conteúdos, sendo ministrado por meio de oficinas, aulas, palestras, rodas de conversas e outras formas, tudo planejado e acordado em calendário.
Jaqueline Palhano da Silva também é assistente social. Formada há 12 anos, atualmente ela trabalha no Programa Auxílio Moradia da Diretoria de Organização Comunitária e Participação Popular (Dipop) da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) da Prefeitura de João Pessoa.
O setor é responsável por cadastrar demandas que chegam por meio da Plataforma 1Doc, oriundas dos Centro de Referência da Assistência Social (Cras), das Casas de Acolhida, da Defesa Civil, entre outras.
“Esse atendimento se dá por agendamento. Nós realizamos entrevista social, visita domiciliar e elaboramos um relatório e um parecer social. Atendemos ainda demandas espontâneas de beneficiários ou não do programa. E, quando solicitados, realizamos levantamentos socioeconômicos de ocupações irregulares”, explica Jaqueline Palhano.
O público com que Jaqueline trabalha é de famílias em situação de vulnerabilidade social. “É preciso ter empatia e acolhê-los de forma humanizada, uma vez que é um público extremamente vulnerável e fragilizado. É desafiador entender a realidade social, o contexto em que cada família está inserida, conquistar sua confiança, pois entramos na vida cotidiana e particular delas, que precisam expor suas dificuldades e fragilidades”, diz.
“Por isso é muito gratificante, quando conseguimos, por meio da nossa atuação profissional, fazer com que aquele usuário tenha acesso ao seu direito”, acrescenta Jaqueline Palhano.
A secretária do Desenvolvimento Social, Norma Gouveia, que é assistente social há 39 anos, conta que esses profissionais são fundamentais para a execução de qualquer política pública, principalmente da área social e de direitos humanos.
“Somos quem acolhe a família, estudamos seu perfil e a direcionamos para seus direitos. Somos quem primeiro atende a comunidade, muitas vezes o primeiro contato quando as famílias precisam de orientação dentro do ciclo de políticas públicas. E nós estamos ali para fazer essa defesa”, comenta Norma Gouveia.
Segundo a secretária, a Prefeitura de João Pessoa vem avançando na valorização desses profissionais. “Vem sendo feito todo um trabalho, estudos técnicos de como avançar na qualificação, no reconhecimento profissional e na inclusão de todos os programas. A gestão do prefeito Cícero Lucena tem demonstrado uma atenção especial para o profissional de assistência social, quando enxerga que ele tem um papel decisivo nesse diálogo entre a gestão pública e a comunidade”, finaliza.