Segurança Pública
Metade das mulheres do nordeste já sofreram violência doméstica: uma realidade alarmante e a luta por direitos
Um retrato preocupante: A pesquisa “Mapa Nacional da Violência de Gênero”, em sua primeira atualização com dados por estado, revela que 47% das mulheres nordestinas já sofreram violência doméstica ao longo de suas vidas. Uma estatística devastadora que expõe a dura realidade enfrentada por milhões de mulheres nessa região do Brasil.
Estados mais impactados: Rio Grande do Norte e Pernambuco lideram o triste ranking, com 51% das mulheres relatando ter sofrido violência doméstica. Ceará (50%) e Sergipe (48%) também apresentam índices alarmantes.
Violência além dos números: A pesquisa vai além de números, revelando também o sofrimento e a invisibilidade que permeiam a vida de muitas mulheres vítimas.
- 67% das nordestinas conhecem alguém que já sofreu violência doméstica.
- Apenas 27% das mulheres vítimas no Nordeste buscaram medidas protetivas.
- Alagoas tem o menor índice de busca por medidas protetivas (20%), enquanto o Rio Grande do Norte apresenta o maior (38%).
Falta de conhecimento sobre a Lei Maria da Penha: Um agravante: 69% das nordestinas não se familiarizam com a Lei Maria da Penha, instrumento crucial para a proteção das mulheres em situação de violência.
- Maranhão e Piauí empatam com os piores índices de desconhecimento da lei (72%).
- Ceará (71%) e Sergipe (70%) também apresentam números acima da média regional.
- Paraíba e Pernambuco empatam com 69% de desconhecimento.
Um chamado por ações:
- Dados para políticas públicas: A pesquisa fornece dados valiosos para que governos e instituições possam desenvolver políticas públicas mais eficazes no combate à violência contra a mulher.
- Maior acesso à informação: É urgente ampliar o acesso à informação sobre a Lei Maria da Penha e os mecanismos de proteção disponíveis para as mulheres.
- Apoio psicológico e assistencial: Ações de apoio psicológico e assistencial na fase inicial da violência são essenciais para auxiliar as mulheres a se libertarem de relações abusivas.
- Escuta qualificada: Atendimento humanizado e acolhedor é fundamental para que as mulheres vítimas se sintam seguras e amparadas.
Combater a violência contra a mulher é um dever de todos. Juntos, podemos construir uma sociedade mais justa e igualitária, onde todas as mulheres se sintam seguras e livres de violência.