Como os casais podem se concentrar um no outro, não nos telefones

“Você está sempre no seu telefone!” Esta é uma reclamação cada vez mais recorrente entre casais, e reflete o quão profundamente sentimos quando parece que a pessoa que amamos está nos ignorando ou é indiferente a nós quando estamos juntos. Isso é chamado de” phubbing “: ignorar e esnobar aqueles ao nosso redor para nos concentrar em nosso telefone.

Os argumentos para usar smartphones são compreensíveis: a necessidade de descontrair depois de um dia de trabalho, a necessidade urgente de responder a um e-mail profissional, a necessidade de organizar acompanhantes para o próximo passeio escolar… O risco, no entanto, é que nosso telefone pode prejudicar nosso relacionamento. 

Observando o uso do telefone

Quando usamos o telefone o tempo todo, mesmo quando estamos com outras pessoas, isso pode criar frustração, raiva ou sentimentos feridos. Também pode ser uma fuga do nosso relacionamento, revelando a existência de problemas subjacentes.

O primeiro passo é identificar as razões para dar atenção ao nosso telefone em detrimento do nosso cônjuge. É uma emergência real? Há algo que não queremos falar com eles? Achamos que relaxaremos mais com o nosso telefone do que com o nosso cônjuge? 

De acordo com uma pesquisa , 37% dos americanos casados ​​relatam que “seu cônjuge está frequentemente no telefone ou em algum tipo de tela quando eles prefeririam conversar ou fazer algo juntos como um casal”. Muitos casais lamentam os danos causados ​​pela onipresença do telefone, mas muito poucos estabelecem regras para limitá-lo.

Um estudo francês semelhante menciona algumas regras de senso comum: a regra “à mesa” (nunca use seu smartphone enquanto estiver à mesa), a regra da “confiança” (não olhe para os telefones um do outro), a regra do “filme” (nunca use seu telefone enquanto assiste a um filme), a regra da “vida privada” (não atenda ligações de negócios nos fins de semana ou à noite) e a regra do “quarto” (deixe seu telefone fora do quarto à noite). Mas os casais claramente não estão convencidos por essas regras, achando-as muito exigentes.

“Hoje à noite é modo avião”

Quando é muito difícil resistir à tentação, é melhor entrar no modo avião. Essa é a descoberta surpreendente do último estudo. Os jovens preferem a solução mais radical de desconexão completa em vez de limitação, dizem os autores da pesquisa. Então, por que não simplesmente designar certos momentos como períodos de “modo avião”? Sem notificações, sem chamadas, sem tentações. Esta parece ser a solução mais eficaz para preservar o tempo de qualidade juntos como um casal.

Tudo o que resta é definir uma estrutura na qual ambos os cônjuges concordem. Você quer colocar seus telefones no modo avião literal ou figurado nos fins de semana, à noite depois de um certo horário, na mesa de jantar…?

Definir a estrutura dessa forma nos permite lembrar ao nossa familiar que “hoje à noite, é hora do modo avião”. Antecipar e dar aviso evita decepções e frustrações, e também nos permite planejar adequadamente. Aquele e-mail que precisa ser enviado ou aqueles vídeos esportivos que você quer assistir esperarão até o fim da trégua digital. E é sem dúvida durante esse interlúdio sem telefone que as conversas mais bonitas acontecerão!