Segurança Pública
Revelados detalhes da viagem do general Tomás Miné à China: R$ 65 mil, diplomacia militar, gastos com diárias, passagem e seguro
Viagem de alto custo do Comandante do Exército à China gera críticas e questionamentos principalmente por parte da ala mais conservadora da sociedade
Em julho de 2024, o Comandante do Exército Brasileiro, General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, realizou uma visita oficial à China. A designação foi feita pelo próprio Ministro da Defesa e desde então tem gerado controvérsia tanto pela natureza da viagem quanto pelos altos custos envolvidos.
A visita, que ocorreu entre os dias 4 e 14 de julho, teve como objetivo descrito estreitar os laços diplomáticos e militares com o Exército Chinês, uma ação que muitos conservadores brasileiros veem com desconfiança, considerando o país asiático um risco estratégico para o Brasil frente à tradição militar de realizar exercícios com os militares norte-americanos, rivais dos militares chineses.
O custo total da viagem, conforme informações oficiais, alcançou a cifra de R$ 65.860,15, valor considerado elevado por críticos que argumentam que a missão poderia ter mais curta ou mesmo ser realizada por meio de reuniões online, especialmente em um contexto de crescente digitalização das relações internacionais.
Detalhamento dos Gastos realizados pelo general TOMÁS
A maioria dos gastos foi destinada às passagens aéreas, que totalizaram R$ 47.875,43, cobrindo o trecho entre Brasília e Pequim, com retorno ao Brasil no dia 14 de julho. Além das passagens, foram desembolsados R$ 17.158,50 em diárias para o General de Exército Tomás Miné Paiva e sua comitiva, somando-se ainda R$ 826,22 destinados ao seguro da viagem.
Essa viagem foi registrada no sistema oficial do governo como parte de uma atividade de diplomacia militar, prevista no programa PVANA G2-D055. Entretanto, o fato de a viagem não ser considerada urgente e o alto custo associado ao deslocamento levantaram questionamentos sobre a real necessidade do deslocamento físico no momento em que o Exército brasileiro atuava em apoio às vítimas das enchentes no Sul do Brasil, especialmente em um cenário onde videoconferências e outras ferramentas digitais se mostraram eficazes durante a pandemia de COVID-19.
Impacto e repercussão nas redes sociais
A decisão de estreitar laços com a China também não passou – como mencionado acima – despercebida pela ala mais conservadora da sociedade brasileira, que vê com desconfiança a aproximação com uma nação que é considerada uma ameaça à segurança e à soberania de diversos países ocidentais.