Nacional
Sob pressão, STF recua e estraga plano de Lula de se apropriar das emendas
Representantes do três poderes se reúnem para discutir sobre emendas
Tanto barulho por nada: sob ameaça de propostas que limitam decisões monocráticas e dão ao Congresso o poder de revisão de suas sentenças, tanto quanto interfere nas decisões dos outros Poderes, o Supremo Tribunal Federal recuou, abandonando o plano para Lula retomar o poder de liberar emendas parlamentares. Após o regabofe, uma nota oficializou o acordo pelo qual tudo continua como era: até emendas PIX continuam, e impositivas. E ficam “para depois” medidas enquadrando o STF.
Lorota incorporada
Para os ministros do STF não ficarem mal, a nota incorpora a lorota de que a liberação das emendas será “transparente” e “rastreável”.
Sempre foi assim
As emendas parlamentares são pagas pelo Tesouro Nacional e nunca sai dali um único centavo sem regras transparentes e rastreabilidade.
Amigos do alheio
Lula deixou claro nas reuniões de segunda-feira que o objetivo era se apropriar das emendas e “atrelar” suas verbas a programas do governo.
Vai que é tua
Causador de toda confusão, Lula caiu fora do regabofe. Deixou aliados do STF no “mano a mano” com a turma do Congresso. Deu no que deu.
Plano de Lula era se apropriar das emendas
Para “solucionar” o impasse criado pelo Supremo a seu pedido, Lula pretendia “atrelar” as emendas parlamentares a programas do governo, como revelou em reuniões no Planalto, segunda (19). Era seu objetivo desde quando Rui Costa (Casa Civil) passou mal bocados na Comissão de Infraestrutura do Senado, em 30 de abril. Os senadores o mandaram às favas ao descobrirem que a ideia era bancar o “novo PAC” com recursos de Estados e Municípios e… de emendas parlamentares.
Pegar ou largar
Como na taxação das folhas de pagamento, Lula deu truco, seu jogo favorito: sem votos no Congresso, usa o poder no STF.
PAC empacado
Precisando conter gastos para se aproximar da meta fiscal, o governo não tem como financiar o PAC, a menos que usem dinheiro dos outros.
Aqui, não, violão
Ainda sem nada entregar, Lula pagou mico dias atrás “inaugurando” obra 100% bancada pelo Estado. O governador Jorginho Melo nem apareceu.