Segurança Pública
Dinheiro vivo e avião apreendidos pela PF: empresário e dono de Faculdade de Medicina sob suspeita em operação eleitoral
Roberto Tomé
A aeronave de pequeno porte, modelo Cirrus SR22 e matrícula PR-SRI, estavam registradas no nome de Santiago, que já havia sido candidato a suplente de senador na campanha do ex-governador Ricardo Coutinho em 2022. De acordo com registros da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Alexandre é o proprietário e operador da aeronave. A operação também levou à detenção de um indivíduo, cujo nome não foi revelado, e as investigações seguem para apurar a origem do dinheiro e seu possível destino.
O empresário Alexandre Santiago já havia enfrentado questionamentos sobre sua declaração de bens ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na qual não havia mencionado a posse de aeronaves. Essa omissão, com o novo episódio envolvendo grandes somas de dinheiro não declarado, coloca mais pressão sobre sua reputação e levanta questões sobre possíveis irregularidades em suas atividades empresariais e políticas.
A Polícia Federal investiga se o montante apreendido estava ligado ao financiamento de campanhas eleitorais ou outros atos ilícitos. O uso de aviões em operações suspeitas de lavagem de dinheiro ou financiamento eleitoral irregular é um tema recorrente em investigações da Justiça Eleitoral e da PF. A apreensão de materiais de campanha dentro do avião reforça essa linha de investigação, que agora também mira o possível envolvimento de candidatos locais ou nacionais nas eleições de 2024.