Esporte
Flamengo esbarra na muralha defensiva do Peñarol, empata e é eliminado nas quartas de final da Libertadores
A promessa de Tite sobre a busca de gols em Montevidéu não se concretizou. O Flamengo deu adeus à Copa Libertadores ao empatar por 0 a 0 com o Peñarol nesta quinta-feira (data não mencionada). O resultado não foi suficiente, já que o time carioca havia perdido o primeiro jogo no Maracanã por 1 a 0, o que garantiu a classificação do time uruguaio às semifinais.
No estádio Campeón del Siglo, em Montevidéu, os rubro-negros tiveram chances, mas esbarraram na forte defesa uruguaia e na inspirada atuação do goleiro Aguerre. A falta de sorte e de pontaria também foram fatores decisivos para o revés do Flamengo, que lutou até o final, mas não conseguiu balançar as redes.
Agora, o Peñarol se prepara para enfrentar o Botafogo, que eliminou o São Paulo, na próxima fase. Do outro lado da chave, Atlético-MG e River Plate disputam a outra semifinal.
Histórico desfavorável e mais uma frustração
O confronto desta quinta-feira marcou o sexto duelo entre Flamengo e Peñarol pela história da Libertadores, mas, novamente, o Flamengo não conseguiu superar os uruguaios. O time carioca, pressionado pela necessidade da vitória, mostrou nervosismo e falhou nas finalizações. A presença de Aguerre, destaque absoluto da partida, também dificultou qualquer possibilidade de reação dos brasileiros.
O Flamengo, que vinha de uma sequência irregular, agora precisa se reerguer rapidamente para as próximas competições. No Campeonato Brasileiro, o clube está na quarta colocação, 11 pontos atrás do líder Botafogo, e enfrentará o Athletico-PR no domingo. Além disso, os cariocas têm um importante confronto nas semifinais da Copa do Brasil contra o Corinthians, que começa na próxima semana no Maracanã.
Ambiente hostil e festa uruguaia
Desde o início, a atmosfera no Campeón del Siglo já indicava que a noite seria complicada para o Flamengo. A torcida do Peñarol fez uma grande festa com fogos de artifício, sinalizadores e cânticos que tomaram conta do estádio. O ambiente era ensurdecedor, com rojões ecoando antes mesmo do apito inicial, criando um clima hostil para os brasileiros.
A empolgação da torcida uruguaia se somou ao retrospecto negativo do Flamengo contra o Peñarol. O time de Tite, que já havia perdido por 1 a 0 no Maracanã, precisava quebrar a sequência de quatro derrotas e um empate contra o adversário na competição continental. A tarefa, no entanto, se mostrou mais difícil do que o esperado.
Primeiro tempo de equilíbrio e poucas chances
O Flamengo iniciou a partida tentando impor um ritmo ofensivo, adiantando suas linhas e buscando o gol logo nos primeiros minutos. Aos dois minutos, a cabeçada de Plata, após cruzamento de Gerson, quase abriu o placar, mas Aguerre fez uma grande defesa. O Peñarol, por sua vez, não tinha pressa e se defendia com uma linha de cinco jogadores, esperando por contra-ataques.
Os uruguaios assustaram em cobrança de falta de Leo Fernández, defendida por Rossi aos 21 minutos. O Flamengo, ainda com dificuldades para penetrar na defesa adversária, dependia das jogadas individuais de Gerson e De la Cruz, mas o ferrolho defensivo do Peñarol mantinha o placar inalterado.
Tite aposta em mudanças, mas esbarra em Aguerre
No segundo tempo, o Flamengo voltou com a mesma formação, e Tite manteve a confiança nos 11 titulares. Aos 15 minutos, o técnico rubro-negro optou por colocar Gabigol e Wesley em campo, buscando mais velocidade e intensidade no ataque. As mudanças trouxeram mais dinamismo, mas o goleiro Aguerre continuava como o grande obstáculo para os brasileiros.
Bruno Henrique teve uma grande oportunidade no início da segunda etapa, mas novamente parou nos pés de Aguerre. A pressão flamenguista aumentava, mas o desespero também. Com erros de passe na saída de bola, o Flamengo quase foi punido em contra-ataques perigosos do Peñarol, como o chute de García aos 23 minutos, que passou raspando a trave.
Nos minutos finais, já desorganizado e sem alternativas táticas, o Flamengo apostou nos cruzamentos para a área, mas a defesa do Peñarol, liderada por Javier Méndez, afastava todas as tentativas. O apito final selou a eliminação flamenguista e a festa dos torcedores uruguaios.
Festa e preparação para o futuro
Enquanto o Flamengo se despede da Libertadores com mais uma eliminação frustrante, o Peñarol avança para as semifinais e mantém vivo o sonho de conquistar mais um título continental. Agora, o time uruguaio terá pela frente o Botafogo, que eliminou o São Paulo, em um confronto que promete ser de muita emoção e rivalidade.
FICHA TÉCNICA
PEÑAROL 0 X 0 FLAMENGO
PEÑAROL – Aguerre; Milans, Javier Méndez, Rodríguez, Maxi Olivera; Cabrera (Lucas Hernández), García, Darias (Ramírez), Jaime Báez (Sequeira), Leo Fernández; Maxi Silvera (Facundo Batista). Técnico: Diego Aguirre.
FLAMENGO – Rossi; Varela (Wesley), Fabrício Bruno (David Luiz), Léo Pereira, Alex Sandro (Ayrton Lucas); Léo Ortiz (Matheus Gonçalves), De la Cruz, Gerson, Arrascaeta; Plata (Gabigol), Bruno Henrique. Técnico: Tite.
CARTÕES AMARELOS – Plata e Léo Ortiz (Flamengo).
ÁRBITRO – Facundo Tello (ARG).
LOCAL – Estádio Campeón del Siglo, Montevidéu (Uruguai).
Esse resultado representa mais um capítulo triste para o Flamengo em sua trajetória recente na Libertadores. O desafio agora é se reestruturar para os próximos compromissos e voltar a brigar pelos títulos em disputa.