AGRICULTURA & PECUÁRIA
Açúcar encerra setembro com altas de até 17% na Bolsa de Nova York
Aumento perdeu força neste final de mês com boas perspectivas da safra indiana
O mês de setembro terminou com resultado positivo para os preços futuros do açúcar. Em Nova York, entre os principais contratos, o avanço na comparação com agosto chegou a 17%. Em alguns momentos do mês, os ganhos chegaram a 20%. Em Londres, o aumento chegou a 10%.
O contrato com o principal avanço foi o outubro/24 em Nova York, que subiu 17%, cotado em 19,38 cents/lbp no dia 30 de agosto e em 22,67 cents/lbp nesta segunda-feira (30). O março/25 teve alta de 14,3%, o maio/25 de 11,6% e o julho/25 de 9,5%. Em Londres, o dezembro/24 ganhou 8,5%, o março/25 10% e o maio/25 9%.
Nesta segunda-feira, o outubro/24 teve queda de 0,12 cents (0,5%) e foi para 22,67 cents/lbp. O março/25 perdeu 0,17 cents (0,75%) e passou a valer 22,47 cents/lbp. O maio/25 caiu 0,15 cents (0,71%), precificado em 21,05 cents/lbp. O julho/25 reduziu 0,16 cents (0,79%), negociado em 20,12 cents/lbp.
Em Londres, esta segunda-feira terminou com aumento de US$ 1,30 (0,23%) no contrato outubro/24, com preço de US$ 577,50/tonelada. O março/25 permaneceu estável, com valor de US$ 581,20/tonelada. O maio/25 perdeu US$ 1,30 (0,23%) e foi a US$ 572,30/tonelada. O agosto/25 reduziu US$ 4,30 (0,77%), cotado em US$ 555,70/tonelada.
Durante o mês, os preços do açúcar tiveram suporte nas preocupações climáticas para a safra brasileira, por conta do tempo seco e das altas temperaturas. No final de agosto, queimadas atingiram lavouras de cana-de-açúcar no Brasil e trouxeram incertezas sobre a produção no país.
“As condições de seca no Brasil reduziram as perspectivas de produção de açúcar do país e pressionaram os preços do açúcar fortemente nas últimas duas semanas. Seca e calor excessivo causaram incêndios recentes no Brasil que danificaram plantações de açúcar no principal estado produtor de açúcar do Brasil, São Paulo”, destaca o Barchart.
Porém, as altas nos preços futuros do açúcar perderam força neste final de setembro e chegaram à terceira sessão seguida de baixa. De acordo com o Barchart, o otimismo de que chuvas de monções acima da média na Índia levarão a uma safra abundante está reduzindo as cotações.
“O Departamento Meteorológico Indiano relatou hoje que a Índia recebeu 934,8 mm de chuva durante a atual temporada de monções em 30 de setembro, o maior número em quatro anos e 7,6% a mais do que a média de longo prazo comparável de 868,6 mm. A temporada de monções da Índia vai de junho a setembro”, destaca o Barchart.
Mercado interno
O açúcar cristal branco, em São Paulo, está cotado em R$ 146,79/saca, com alta de 0,15%, como mostra o Indicador Cepea Esalq. O indicador do açúcar cristal em Santos (FOB) tem valor de R$ 157,61/saca, redução de 2,46%. O cristal empacotado, em São Paulo, segue com valor de R$ 15,9658/5kg, o refinado amorfo permanece em R$ 3,5380/kg e o VHP tem preço de R$ 116,49/saca.
Em Alagoas, o preço do açúcar está em R$ 160,92/saca, alta de 0,57%, com base no indicador Cepea Esalq. Na Paraíba, a cotação é de R$ 158,90/saca, aumento de 0,10%. Em Pernambuco, o valor é de R$ 169,98/saca.