Politíca
Sem apoio do Republicano, Efraim Filho seria apenas um ex-deputado federal, afirma Adriano Galdino
Em um pronunciamento direto e marcante, o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (Republicanos), afirmou que o senador Efraim Filho (União Brasil) não teria conquistado seu mandato no Senado sem o apoio do Republicano em 2022. Segundo Galdino, a trajetória de Efraim rumo ao Senado teria sido interrompida caso seu partido tivesse optado por apoiar a candidatura de Pollyanna Dutra (PSB), então postulante ao mesmo cargo. A declaração de Galdino ressalta a importância das alianças estratégicas nas disputas eleitorais e a influência que esses acordos exercem na política paraibana.
As declarações de Galdino ocorrem em meio a um clima tenso na Assembleia Legislativa da Paraíba. A recente fala do deputado estadual George Morais (União Brasil), que lidera a oposição na Casa, provocou reações. Morais afirmou que o União Brasil não tem compromisso de apoiar Adriano Galdino caso ele decida se candidatar ao Governo da Paraíba em 2026. Em resposta, Galdino não hesitou em expor o papel decisivo do Republicano para o sucesso eleitoral de Efraim Filho, sugerindo que a recusa em um eventual apoio futuro seria uma quebra de confiança.
A aliança entre Republicanos e União Brasil em 2022 foi fundamental para garantir a vitória de Efraim Filho, um cenário que, segundo Galdino, teria sido impossível sem o suporte do partido que ele representa. O presidente da Assembleia ressaltou que, caso os Republicanos tivesse decidido apoiar Pollyanna Dutra para o Senado, o desfecho da eleição seria outro, e Efraim poderia não ter sido eleito. Essa declaração de Galdino expõe uma dinâmica comum nas eleições brasileiras: alianças e articulações políticas que, embora muitas vezes criticadas, são determinantes para o sucesso eleitoral de muitos candidatos.
A fala de Galdino também é uma resposta direta à declaração de George Morais, que indicou que o União Brasil não se comprometeria com uma eventual candidatura de Galdino ao governo estadual em 2026. Galdino pareceu usar a ocasião para reforçar a importância de lealdade entre aliados e sugeriu que o apoio não deveria ser um favor, mas uma consequência natural de um histórico de alianças bem-sucedidas. Além de lançar luz sobre as tensões entre os dois partidos, o posicionamento de Galdino reflete o planejamento estratégico para 2026, ano em que ele pode buscar o apoio de partidos aliados para se fortalecer nas urnas.
O cenário revela um dilema frequente na política brasileira: o da construção de alianças baseadas não apenas na ideologia, mas também em acordos que visam garantir apoio e posições estratégicas nas esferas de poder. Ao lembrar-se do apoio de seu partido a Efraim Filho, Galdino sugere que espera que o União Brasil retribua o apoio em 2026, valorizando o compromisso que fez de alavancar a candidatura do atual senador. Esse episódio destaca como as alianças podem tanto fortalecer como desgastar relações políticas, evidenciando a complexidade das coalizões e a necessidade de equilíbrio entre interesses.
Com a declaração, Adriano Galdino deixa claro que espera uma reciprocidade nas relações entre os partidos para as próximas eleições, sugerindo que os partidos precisam estar atentos ao impacto de decisões políticas baseadas em alianças passadas. Ao posicionar-se, Galdino também sinaliza uma antecipação de possíveis alianças e desencontros na política estadual, particularmente no que diz respeito a uma possível candidatura sua ao Governo da Paraíba.
No cenário atual, resta saber como a oposição, liderada por George Morais, e o próprio Efraim Filho responderão a essas declarações, especialmente considerando que 2026 ainda é um horizonte distante, mas com articulações que começam a se desenhar.