Internacional
Dia Mundial de Conscientização sobre Tsunamis marca 20 anos do desastre no Oceano Índico
Data designada pela Assembleia Geral em 2015, após proposta do Japão, promove medidas de prevenção, alertas precoces, fortalecimento de infraestrutura e ações públicas; meta é ensinar novas gerações a se proteger; secretário-geral pede mais resiliência
Este 5 de novembro é o Dia Mundial de Conscientização sobre Tsunamis. As Nações Unidas pedem a todos os países e representantes da sociedade civil que aumentem medidas de prevenção e redução de desastres além de compartilhar abordagens inovadoras sobre o tema.
A data foi designada pela Assembleia Geral após uma proposta de resolução do Japão, que conseguiu construir, durante vários anos, medidas de alerta precoce, ações públicas para redução de impactos futuros.
Tsunami no Oceano Índico matou pelo menos 230 mil pessoas
O Dia Mundial é organizado pelo Escritório da ONU para Redução do Risco de Desastre, Undrr, em cooperação com outros departamentos das Nações Unidas.
Em mensagem sobre a data, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, defendeu a construção de infraestruturas mais resilientes para proteger cerca de 700 milhões de pessoas que vivem em áreas de risco.
Nos últimos 100 anos, pelo menos 58 tsunamis já mataram mais de 260 mil pessoas. O maior número de mortes ocorreu exatamente há 20 anos, em 2004, durante o tsunami no Oceano Índico, que fez 230 mil vítimas fatais.
A tragédia afetou 14 países e foi considerada o maior desastre global do século 21 permanecendo um dos mais mortais da história.
Este ano, o lema do Dia Mundial é juventude e novas gerações com atividades planejadas para marcar o aniversário de 20º aniversário.
© Borbala Csete
As crianças na Indonésia aprendem sobre a preparação para desastres através de canções tradicionais
Meta do Dia Mundial é ensinar novas gerações a prevenir e responder
A ONU lembra que as lições aprendidas pelos sobreviventes como reconhecer os sinais e alertas de tsunami e a importância de se buscar lugares altos ficaram gravadas nas memórias de quem passou pelo desastre natural.
Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, é fundamental investir em educação para as novas gerações.
A ONU está pedindo aos países que atualizem as rotas de evacuação, instalem novos sistemas alerta e aumentem a conscientização entre crianças e jovens.
Topografia coloca mais de 700 milhões de pessoas sob risco no mundo
Em todo o mundo, 700 milhões de pessoas vivem em zonas costeiras e litorais baixas e em Pequenos Estados-Ilhas em Desenvolvimento. Elas ficam expostas a eventos extremos por causa de sua posição topográfica.
Os tsunamis podem ser mortais, mas como ações adequadas muitas pessoas podem ser protegidas e salvas. Para ser eficiente, cada sistema de alerta precoce precisa cobrir todas as pessoas que estão sob risco. As comunidades também devem estar preparadas para responderem com presteza.
O Quadro Sendai para Redução do Risco de Desastres 2015-2030 foi adotado em março de 2015 sucedendo o Quadro Hyogo. Dentre as causas de tsunamis estão terremotos que ocorrem embaixo do oceano, terremotos com magnitude de pelo menos 6.5 na escala Richter.
Vulcão, terremotos e deslizamentos
O terremoto deve romper a superfície da Terra ocorrendo a pouca profundidade – menos de 70 km abaixo da superfície da Terra.
O terremoto deve causar movimento vertical do fundo do mar (até vários metros).
Outras causas de tsunami são deslizamentos ao longo do litoral que levam a uma enxurrada de água para o mar; erupções vulcânicas, como ocorreu em 1883, na Indonésia com a explosão e colapso do vulcão de Krakatoa. Outro fator são as colisões extraterrestres como asteroides e meteoros, o que são uma rara ocorrência.
Para o Dia Mundial de Conscientização sobre Tsunamis, a ONU preparou uma série de jogos e games que ensinam como salvar vidas durante os desastres. Os jogos são chamados Stop Disasters.