Internacional
Após notificar casos, Angola recebe material de reforço da resposta à varíola M
Com resultados liberados em até uma hora, nova tecnologia aumentará capacidade de diagnóstico; OMS foi informada sobre quatro pacientes; a primeira é cidadã congolesa de 27 anos residente na Comuna de Mabor, província de Luanda
Neste dezembro, Angola recebeu exames de despiste da mpox, conhecida como varíola M, doados pela Organização Mundial da Saúde, OMS, e pela Agência Norte-americana para o Desenvolvimento, Usaid.
A parceria realça que os novos Cartuchos Cepheid GeneXpert fornecem resultados mais rápidos em uma hora, em comparação às quatro requeridas pelos tradicionais testes RT-Pcr.
Maior capacidade de diagnóstico
A finalidade é que a nova tecnologia seja usada para aumentar a capacidade de diagnóstico em várias regiões do país que já conta com mais de 150 kits de teste recebidos nas diferentes etapas da contribuição.
A concessão de material de diagnóstico e suporte técnico para reforçar a resposta em Angola envolve ainda os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, CDC, e outros parceiros.
Angola segue sem registro de óbitos, mas as autoridades reportaram quatro casos
Com esses recursos, considera-se que o país esteja “mais bem equipado para detectar casos e conter a disseminação da doença.” A OMS e entidades associadas reiteram ainda o empenho em apoiar o sistema de saúde angolano e garantir que o país tenha os meios necessários para proteger sua população.
O primeiro caso de varíola M foi detectado em 15 de novembro. De acordo com o relatório semanal de situação, a paciente era uma cidadã congolesa de 27 anos residente na Comuna de Mabor, província de Luanda.
Histórico recente de viagens
Ela apresentou sintomas “incluindo febre, dor de cabeça, mal-estar e múltiplas pápulas e vesículas no rosto, corpo, mãos e pés”. Desde que o diagnóstico foi confirmado, a paciente vem recebendo tratamento.
Não foi determinada a fonte de exposição e não há histórico recente de viagens para regiões endêmicas ou contato com infectados confirmados nas últimas três semanas.
Cinco dias antes de ter os primeiros sintomas, o marido dela havia tido contato com teve alguém infectado com a varíola M durante uma viagem à República Democrática do Congo. Mas ele não apresenta sintomas.
Angola segue sem registro de óbitos, mas as autoridades reportaram quatro casos, incluindo a filha da primeira paciente, um militar e uma outra criança cujo teste deu positivo durante o tratamento da mãe em um hospital de doenças infecciosas.