CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Elon Musk vai decretar o fim da Oi, Claro, Tim, Vivo e outras? Starlink constrói sua primeira constelação de satélites visando conectar celulares de todo o mundo
A Starlink, de Elon Musk, lança sua constelação revolucionária para conectar celulares em qualquer lugar, incluindo o Brasil. Com tecnologia de ponta e parcerias globais, o projeto promete transformar o acesso à internet, especialmente em áreas remotas e rurais
Imagine um cenário onde você nunca mais precise se preocupar com falta de sinal no celular, independentemente de onde estiver.
Parece algo futurista? Pois é exatamente isso que a Starlink, empresa de satélites de Elon Musk, está propondo com sua nova constelação de satélites dedicada a conectar celulares em qualquer lugar do mundo.
O que é a constelação Starlink Direct to Cell?
Segundo informações da própria SpaceX, na última semana, a Starlink adicionou 20 novos satélites à sua constelação de baixa órbita, sendo que 13 deles possuem tecnologia para estabelecer conexão direta com celulares convencionais, sem necessidade de adaptações nos dispositivos.
Com isso, a empresa finalizou a primeira fase do projeto “Direct to Cell”, totalizando aproximadamente 330 satélites voltados à comunicação direta com smartphones, todos eles lançados ao longo de 2024.
De acordo com Elon Musk, o objetivo principal dessa infraestrutura é oferecer conexão em áreas remotas ou sem cobertura terrestre, atendendo principalmente regiões onde as redes tradicionais não alcançam.
“Isso permitirá que celulares não modificados tenham conectividade com a Internet em áreas remotas. A largura de banda por feixe é de apenas mais ou menos 10 Mbps, mas constelações futuras terão mais capacidade”, explicou Musk em entrevista recente.
Parcerias e aprovações regulatórias
Outro ponto crucial para a expansão do projeto foi a aprovação da Federal Communications Commission (FCC), o equivalente à Anatel nos Estados Unidos.
A autorização, concedida em novembro de 2024, permite à SpaceX operar até 7.500 satélites da geração Gen2, ampliando significativamente a cobertura global.
Desde 2022, a SpaceX tem colaborado com a operadora T-Mobile para viabilizar essa tecnologia nos Estados Unidos.
O projeto visa principalmente atender áreas rurais e remotas, permitindo que usuários enviem mensagens via satélite, mesmo em locais onde a infraestrutura de comunicação terrestre é inexistente.
A T-Mobile não é a única parceira da Starlink. A empresa também firmou colaborações com a Entel, que opera no Chile e Peru; a Salt, da Suíça; e a Rogers, do Canadá, ampliando o alcance do serviço para diferentes mercados globais.
Avanços tecnológicos e velocidade de conexão
Os primeiros resultados práticos dessa tecnologia também já foram registrados.
Em janeiro de 2024, a SpaceX e a T-Mobile enviaram as primeiras mensagens de texto via satélite para celulares com Android não modificados.
Apenas dois meses depois, em março, foi registrado um pico de velocidade de download de 17 Mbps utilizando a constelação de baixa órbita da empresa.
Embora os números atuais ainda não sejam comparáveis às redes 4G e 5G em termos de largura de banda, Musk promete que as futuras gerações de satélites trarão melhorias significativas.
O foco inicial, segundo ele, está na inclusão digital, conectando comunidades que hoje vivem isoladas tecnologicamente.
Impacto no Brasil
No contexto brasileiro, a tecnologia da Starlink pode trazer soluções para um dos maiores desafios de infraestrutura: a falta de conectividade em regiões remotas, como a Amazônia e o interior do Nordeste.
De acordo com estudos recentes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), cerca de 20% da população brasileira ainda enfrenta dificuldade de acesso à internet de qualidade.
Em 2023, a Starlink já havia firmado uma parceria com o governo brasileiro para levar internet de alta velocidade a escolas públicas em regiões isoladas.
Esse acordo, que envolveu o fornecimento de equipamentos e infraestrutura, beneficiou centenas de comunidades escolares.
Agora, com a expansão do projeto Direct to Cell, a expectativa é que cidadãos comuns também possam se beneficiar dessa tecnologia inovadora.
Outro ponto a ser considerado é o impacto no mercado de telecomunicações nacional.
Operadoras como Vivo, Claro, TIM e Oi podem enfrentar concorrência direta, especialmente em localidades onde não conseguem oferecer cobertura.
A entrada da Starlink nesse segmento poderia fomentar uma maior competitividade, resultando em melhores serviços e preços para os consumidores.
Os desafios e o futuro da tecnologia
Apesar do grande potencial, alguns desafios permanecem. A capacidade atual da constelação é limitada, e a tecnologia ainda está em estágios iniciais de desenvolvimento.
Além disso, os custos envolvidos podem ser um obstáculo para a adoção em massa, especialmente em países em desenvolvimento como o Brasil.
Outro fator que merece atenção é a regulamentação. Assim como ocorreu nos Estados Unidos, a Anatel precisaria aprovar o funcionamento dessa tecnologia no Brasil.
O processo pode envolver longas discussões com as operadoras locais e ajustes para atender às especificidades do mercado nacional.
No entanto, se bem-sucedida, a tecnologia da Starlink promete abrir um novo capítulo na história das comunicações.
A inclusão digital, a expansão do mercado e a melhora na qualidade dos serviços são apenas alguns dos benefícios esperados.
Como se inscrever no serviço da Starlink
Embora o serviço Direct to Cell ainda não esteja disponível para o consumidor final no Brasil, interessados podem acompanhar as atualizações no site oficial da Starlink.
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E você, acredita que a Starlink realmente pode revolucionar o mercado de telecomunicações no Brasil? Deixe sua opinião nos comentários!