Nacional
Do sonho à realidade: dois anos de Lula e o balanço de uma gestão que tropeça em promessas
Por Roberto Tomé
Metade do mandato. Metade do fôlego? Parece que o governo Lula, aquele eleito com a promessa de “reconstruir o Brasil”, anda mais tropeçando do que correndo. Dois anos depois, o que temos: avanço ou mais do mesmo?
Lula foi eleito por um fio de cabelo, diga-se de passagem. Pouco mais de 50% dos votos válidos – nada de vitória esmagadora. Mas quando começou, até que a coisa parecia engrenar. Aprovação subindo, gente que não votou nele dando o braço a torcer, e uma margem confortável para governar. Era o cenário dos sonhos pra qualquer político.
Mas sonhos são frágeis. Eles evaporam quando a realidade bate na porta. E foi isso que aconteceu.
Hoje, a história é outra. Aprovação em queda livre, despencando para 45%. Desaprovação em 48%. Tradução: o “amor” acabou. Não só ele perdeu os eleitores que conquistou depois da eleição, como começou a desgastar até a base que acreditou nele em 2022. É como se dissesse: “Obrigado por nada”.
E por que a popularidade caiu? Simples. As pessoas estavam esperando mudanças. Reforma. A tal “reconstrução”. Mas, até agora, o que viram? Programas antigos repaginados e promessas que ficaram no discurso.
Prometer pacificar o país é fácil. Difícil é fazer. E, cá entre nós, Lula subestimou o tamanho do buraco. A desigualdade continua um monstro, os serviços públicos estão no limbo, e a economia… Bom, alguém viu o crescimento que ele prometeu?
Pra piorar, ele parece perdido em meio à polarização. Governar pra todos é o ideal, mas, na prática, o que temos é um governo que agradam alguns, irritam outros e desilude a maioria.
Pra ser justo, tem o fator externo. Economia global cambaleante, crises climáticas e uma oposição que não dá descanso. Mas, mesmo assim, dá pra fazer melhor. Dá pra mostrar mais liderança. O problema é que, até agora, Lula parece estar só apagando incêndios.
Então, o que esperar do resto do mandato? Se Lula quiser salvar sua gestão e seu legado, ele precisa acordar. Menos discurso, mais ação. Não dá pra continuar brincando de conciliar interesses enquanto o país sangra.
A pergunta é: ele vai mudar o jogo ou continuar dançando conforme a música centrão?