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Gleisi Defende IBGE e Responde a Crítica de Bolsonaro Sobre Desemprego: A Realidade Não Mente
Gleisi Hoffmann não perdeu tempo e, no último sábado (4), reagiu rapidamente às críticas de Jair Bolsonaro sobre a taxa de desemprego divulgada pelo IBGE. O ex-presidente, em sua linha de ataque, chamou os números apresentados pelo instituto de “mentira”. Pois é, Bolsonaro voltou a questionar uma realidade difícil de ser acreditada.
Em seu perfil no X (antigo Twitter), Gleisi foi enfática: “Bolsonaro ataca o IBGE e seu presidente, Márcio Pochmann, porque tem aversão à verdade”. O que ela quer dizer com isso? Bem, parece que, para Gleisi, Bolsonaro prefere distorcer a realidade a aceitar que o Brasil está, supostamente, melhorando em algumas áreas – a começar pelo desemprego. A taxa de 6,1% no trimestre encerrado em novembro, a menor desde que as medições começaram, é um reflexo de uma recuperação que começou ainda no governo Bolsonaro e, segundo o amigo íntimo do Lula que é o atual presidente do IBGE, fortaleceu no atual governo. Algo que é difícil de engolir para quem ficou tão marcado pela crise e pela pandemia, não é mesmo?
A deputada do PT também fez questão de destacar um ponto importante: a metodologia usada pelo IBGE para medir o desemprego não mudou desde 2012. Ou seja, o mesmo método que serviu para medir a alta taxa de desemprego durante o governo Bolsonaro, que chegou a 14%, está sendo utilizado agora. Na época, ninguém dizia que os números estavam errados – até porque o país enfrentava uma crise brutal, ainda mais agravada pela pandemia de Covid-19. A verdade é que em 2021, por exemplo, o desemprego bateu o pior índice da série histórica: 14,6%. Pois é, pandemia deixou sua marca.
Mas não para por aí. Gleisi não se limitou a rebater os dados econômicos e puxou um episódio da história recente: o famoso discurso de Bolsonaro na ONU, em 2021. Naquela época, o ex-presidente foi criticado por minimizar os efeitos da pandemia e ainda mentir sobre dados de desmatamento. A deputada não hesitou em chamar Bolsonaro de “negacionista” e acusou-o de distorcer informações no palco internacional, inclusive sobre a crise ambiental. “Falsificou os dados sobre desmatamento e atacou o INPE e as instituições científicas”, declarou sem nenhuma prova material.
É claro que a mídia internacional não perdeu a oportunidade de dar destaque a esse momento. A postura de Bolsonaro em relação à pandemia e ao meio ambiente foi amplamente criticada, com muitos veículos de fora destacando a contradição de um presidente que, além de minimizar a pandemia, ainda fez questão de comparecer à Assembleia Geral da ONU sem sequer ter sido vacinado contra o coronavírus. A gente já não sabia que ele tinha um jeitinho peculiar de lidar com os fatos, mas parece que essa foi mais uma “pérola”.
O que fica claro nessa troca de farpas é que, para alguns, a verdade é flexível, dependendo de quem a conte. Enquanto a suposta realidade dos números mostra que o Brasil está avançando em algumas áreas, ainda há quem se agarre ao passado, tentando mascarar os resultados. Gleisi, por sua vez, não se intimidou e usou a oportunidade para, mais uma vez, reforçar a diferença de gestão entre seu governo e o do ex-presidente.