Segurança Pública
Começa o Alistamento Militar Feminino: quase 7.000 mulheres já se alistaram em apenas dois dias de programa
Alistamento militar feminino, que começou oficialmente em 1º de janeiro de 2025, promete abrir novas oportunidades para jovens interessadas em servir ao país
Alistamento feminino voluntário: início histórico e desafios para as Forças Armadas
O ano de 2025 marca um momento histórico para as Forças Armadas do Brasil: pela primeira vez, mulheres poderão se alistar voluntariamente como soldados no Serviço Militar Inicial Feminino (SMIF). O alistamento militar feminino, que começou oficialmente em 1º de janeiro de 2025, promete abrir novas oportunidades para jovens interessadas em servir ao país. Além disso, também levanta discussões importantes sobre igualdade, adaptação das estruturas militares e a representatividade feminina no setor de defesa.
Estrutura do SMIF: vagas, requisitos e modalidades de serviço
O SMIF inicia com a oferta de 1.500 vagas distribuídas entre 29 municípios de 14 unidades federativas. Mulheres nascidas em 2007 podem se alistar até 30 de junho de 2025 por meio do portal oficial ou presencialmente nas Juntas de Serviço Militar. O processo de alistamento militar feminino inclui entrevistas, inspeções de saúde e testes físicos. Além disso, oferece oferecer às candidatas a possibilidade de escolher a Força Armada que desejam integrar — Marinha, Exército ou Aeronáutica — dependendo de suas aptidões e disponibilidade de vagas.
As mulheres incorporadas assumirão diferentes funções, como marinheiras-recrutas na Marinha, soldados no Exército ou soldados de segunda classe na Força Aérea. O tempo inicial de serviço é de 12 meses, podendo ser prorrogado anualmente até um total de oito anos, mediante interesse mútuo. Durante o período de serviço, as militares terão acesso a benefícios como remuneração, auxílio-alimentação e licença-maternidade, além de cursos de capacitação promovidos pelo Projeto Soldado Cidadão.
Avanço significativo ou um primeiro passo?
Apesar de a presença feminina nas Forças Armadas já ser uma realidade — cerca de 37 mil mulheres compõem atualmente o efetivo, correspondendo a aproximadamente 10% do total —, o alistamento militar feminino voluntário como soldados representa um avanço significativo. Até então, as mulheres só podiam ingressar como oficiais ou sargentos por meio de concursos ou processos seletivos temporários.
Nos dois primeiros dias de alistamento, mais de 6.600 mulheres se inscreveram, um número que demonstra o interesse crescente pelo programa. Esse entusiasmo reflete tanto o desejo de contribuir para a defesa do país quanto a percepção de novas oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional no âmbito militar.
À medida que o programa evolui, espera-se que ele inspire reformas mais amplas no sistema de defesa brasileiro. Além disso, o alistamento feminino garante que o serviço militar seja, de fato, um reflexo da sociedade que defende. O entusiasmo inicial das candidatas é sem dúvida promissor. No entanto, os próximos anos serão cruciais para determinar se o Brasil está pronto para abraçar plenamente esse novo capítulo na história militar.