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A Crise das emendas orçamentárias: o estouro da bomba na reforma ministerial e na coalizão do Lula
Tá complicado, né? A crise das emendas orçamentárias não é só mais um perrengue da política brasileira. É, na real, um embate feio entre o Executivo e o Legislativo que está prestes a desmoronar a estratégia de Lula, especialmente nas articulações políticas e na tal da reforma ministerial. A galera lá de Brasília já sabe: o controle do orçamento virou o jogo, e o governo, pelo visto, não tem mais as cartas na mão.
Se tem uma coisa que virou moeda de troca, foi a grana das emendas. Quando o Bolsonaro tava no poder, a farra com as emendas não rolava solta. Não faltavam promessas, negociatas, o Centrão fazendo de tudo pra garantir seu pedacinho da grana pública que estava estancada. Agora com o PT, com o Lula de volta, agora tenta controlar a distribuição da compra de apoio no Congresso, mas a coisa não tá fácil. O lance é que a distribuição de ministérios, que antes funcionava como o “cajado mágico” para controlar os aliados, não tá mais com a mesma força. O PT continua ali, mandando em algumas pastas-chave, mas não tem mais a “grana fácil” que os partidos queriam.
Agora, o jogo tá mais pesado. O Supremo, que resolveu meter o dedo no orçamento, mexeu com a estabilidade do Centrão e das emendas. A decisão deles tenta dar uma balanceada nas regras e garantir que a grana não fique toda com as mesmas galeras, mas isso, na real, só piorou as coisas pro governo. O Centrão ficou nervoso e a pressão, que antes vinha pelo orçamento, agora pode ser um tiro pela culatra. O governo de Lula, que já tava dando passos errados, agora tem que redobrar as apostas.
Lula, por mais que tente se equilibrar vai ter que fazer mudanças. Nada será como antes. Ele até disse que quer fazer algumas “mudanças pontuais”, mas, vamos ser sinceros, a real é que ele vai precisar ceder mais espaço pra outros partidos. É isso ou a casa desaba. A estratégia, até agora, não tá dando resultado. União Brasil e outros partidos importantes até pegaram boas pastas, mas estão sendo mais frios que cerveja em dia quente na hora de apoiar as votações no Congresso. E aí? Vai ser só a grana ou vai rolar mais?
Tem mais: os novos partidos estão de olho. Se o Centrão vir que a galera quer mais espaço, aí já viu. Aí o poder de barganha do Centrão vai decolar, o governo vai perder controle e as negociações vão virar um verdadeiro jogo de xadrez político. Por enquanto, o orçamento continua sendo a chave. O problema é que quem controla a chave, controla tudo. O Lula vai ceder ou vai ver a crise crescer?
Essa crise vai mexer com a estrutura do governo de forma bem maior. Agora, o desafio é como fazer a base parlamentar, cada vez mais “independente” e faminta por grana, engolir a realidade. Lula tem que decidir até onde vai ceder sem perder o controle do orçamento. E com a economia e a política fragilizadas, o cenário vai ser de guerra. O que vai acontecer nos próximos meses? A crise das emendas vai decidir se o governo do Lula vai ficar mais forte ou se vai cair de vez.