ECONOMIA
Câmbio: Dólar recua e fecha próximo a R$ 6,10; real se destaca
O dólar registrou queda de 1,13% nesta segunda-feira (6), encerrando o dia cotado a R$ 6,11 no mercado à vista. Durante o pregão, a moeda chegou à mínima intradia de R$ 6,0928, marcando um dos níveis mais baixos desde 20 de dezembro.
No mercado futuro, o contrato para fevereiro também recuou 1,18%, negociado a R$ 6,1415, com mínima de R$ 6,1215. O volume de negócios atingiu US$ 11,35 bilhões, um indicativo de menor liquidez típica do início do ano.
Expectativas fiscais nos EUA influenciam
A principal razão para a queda do dólar foi a publicação do jornal The Washington Post, indicando que o governo de Donald Trump pode adotar tarifas de importação de forma mais seletiva. O mercado reagiu positivamente à notícia, reduzindo a pressão sobre o dólar globalmente.
Trump negou a veracidade da reportagem, mas o otimismo já havia impulsionado os investidores. Além disso, o baixo volume de negócios neste início de ano contribuiu para amplificar os movimentos de preço.
Real entre os destaques emergentes
O real apresentou um dos melhores desempenhos entre as moedas emergentes, ficando atrás apenas do rublo russo (-2,93%), do peso mexicano (-1,50%) e do zloty polonês (-1,15%).
Especialistas ainda enxergam incertezas em relação ao câmbio nos próximos meses. O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, projeta o dólar a R$ 6 no final de 2025, mas as opiniões divergem.
Em entrevista ao Estadão Broadcast Adauto Lima, economista-chefe da Western Asset, disse acreditar que o câmbio pode permanecer nos níveis atuais devido à falta de avanços fiscais no Brasil.