Politíca
Hervázio Bezerra descarta “volta dos que não foram” entre João Azevêdo e Ricardo Coutinho
E aí, quem ainda acredita num abraço político entre João Azevêdo e Ricardo Coutinho? Pois é, Hervázio Bezerra (PSB), direto e sem rodeios, já jogou a pá de cal nessa ideia. O deputado deixou claro que, na sua visão, essa reconciliação só acontece no mundo da fantasia. “Com todo respeito ao nosso presidente, Adriano Galdino, mas isso é conversa pra boi dormir”, disparou.
A declaração veio depois que Adriano, presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), sugeriu que uma possível candidatura dele ao governo poderia “unir” João e Ricardo. Sim, unir. Como se fossem dois velhos amigos brigados por um jogo de dominó. Só que Hervázio não vê nada disso acontecendo. Nem agora, nem depois.
Vamos combinar: a briga de João e Ricardo já passou da fase do “não te chamo mais no WhatsApp”. A treta começou lá em 2019, com o novo governador querendo se livrar da sombra do ex-chefe. E Ricardo, claro, não gostou nem um pouco. João tirou o pé do PSB e abriu seu próprio caminho. O resultado? Farpas, indiretas e uma guerra política que, de acordo com Hervázio, está longe de acabar.
“Olha, já é difícil quando só um lado quer reatar. Agora imagine os dois totalmente irredutíveis. Isso não vai acontecer, ponto final”, cravou o deputado. E ele tem lá suas razões: Ricardo virou oposição ferrenha e João seguiu em frente como quem troca de camisa e não olha pra trás.
Enquanto João governa com foco em resultados (ou pelo menos tenta), Ricardo está por aí levantando bandeiras populares e jogando pedra na vidraça do Palácio da Redenção. Ele agora está no PT, tentando reacender sua chama política com uma retórica que mistura saudosismo e promessas de dias melhores. Só que o que se vê é uma Paraíba progressista dividida, com cada liderança puxando pra um lado e ninguém disposto a ceder.
No meio disso tudo, Adriano Galdino aparece com essa ideia de ser o “candidato conciliador”. Ele quer unir o que já foi um dia – como se a política paraibana fosse um quebra-cabeça que ele pudesse montar. Boa sorte, Adriano, porque a realidade não tá te ajudando.
Spoiler: o povo. João e Ricardo, separados, enfraquecem o campo progressista. Enquanto isso, outras forças políticas esfregam as mãos, prontas pra ocupar os espaços que essa divisão deixa abertos. É quase como assistir a um time de futebol onde os craques brigam entre si e esquecem que têm um campeonato pra ganhar.
Hervázio, ao menos, foi honesto. Ele não alimenta ilusões nem tenta dourar a pílula. “É inviável”, ele disse. E sabe o que é pior? Ele provavelmente está certo. João e Ricardo não parecem nem um pouco interessados em reviver a parceria. E, pra ser bem sincero, alguém ainda acha que isso seria bom?
No fim das contas, o que temos é uma política paraibana com mais perguntas do que respostas. Adriano Galdino vai mesmo tentar ser o “candidato do meio”? João consegue seguir sem deixar as críticas de Ricardo o desgastarem? E Ricardo ainda tem força pra voltar ao protagonismo?
São dúvidas que só o tempo responde. Até lá, seguimos acompanhando – porque nessa novela política da Paraíba, o próximo capítulo promete ser ainda mais imprevisível.