CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Zuckerberg Detona: Liberdade de Expressão Acima da Censura Global
Mark Zuckerberg, o chefão da Meta, resolveu fazer barulho nesta terça (7). Em um mundo onde governos e tribunais adoram colocar a mão na nossa internet, o bilionário dono do Facebook, Instagram e Threads apareceu para dizer: chega de censura!
Ele anunciou mudanças nas plataformas que prometem devolver às redes sociais aquilo que elas deveriam ser desde o começo: um espaço para todo mundo falar o que pensa – dentro dos limites do bom senso, claro. E, dessa vez, ele parece bem sério sobre isso.
Zuckerberg entrou na briga quando viu que a moderação de conteúdo virou um baita campo minado. É óbvio que ninguém quer conteúdos nojentos como terrorismo ou pedofilia por aí. Mas ele deixou claro: censurar coisas legítimas, só porque incomodam governos ou grandes corporações, está matando o propósito das redes sociais.
E o cara não tem medo de expor: “Estamos ultrapassando limites perigosos, e isso vai sufocar o debate público e a inovação.” Tá dado o recado.
Uma das ideias mais interessantes é dar mais controle para a própria comunidade. Quem usa a plataforma sabe o que está certo ou errado, né? Zuckerberg quer algo na linha do sistema de “notas da comunidade”, que o X (antigo Twitter) do Musk já usa. É aquele esquema: viu uma postagem meio torta? Os usuários podem adicionar contexto e evitar que mentiras se espalhem.
Isso soa como uma alternativa mais inteligente do que deixar um bando de robôs ou moderadores que nem entendem o contexto decidirem o que fica ou sai do ar.
Agora, a parte polêmica. Zuckerberg foi direto ao ponto: ele criticou países da América Latina por usarem supostos “tribunais secretos” para ordenar remoções de conteúdos. A crítica atingiu em cheio lugares como o Brasil. Só que tem um detalhe – isso é meio exagerado. No Brasil, essas decisões são públicas e amplamente divulgadas, especialmente quando envolvem figuras como o ministro Alexandre de Moraes, que virou símbolo das decisões sobre fake news.
Mas vamos combinar? Mesmo que o Zuckerberg tenha dado uma forçada, a crítica faz sentido. Há uma linha tênue entre proteger a democracia e exagerar na dose, e muitos países estão tropeçando nessa linha.
Outra pedrada de Zuckerberg foi na direção da Europa. Ele soltou que as leis de censura por lá estão sufocando a inovação. Já nos EUA, onde a liberdade de expressão é praticamente sagrada, ele vê um terreno mais fértil para reverter essa tendência global de censura.
“Se os Estados Unidos não liderarem essa batalha, quem vai?”, ele provocou, praticamente convocando o governo americano para o ringue.
Aqui é que a coisa fica interessante. Apesar de todo o histórico dele com causas progressistas e o alinhamento com o Partido Democrata, Zuckerberg está tentando vender a imagem de um defensor universal da liberdade de expressão. Ele até lembrou um discurso antigo que fez em Georgetown, onde dizia que as redes sociais foram criadas para dar voz às pessoas.
Será que ele está se reinventando? Ou só tentando evitar mais regulações pesadas no futuro? A dúvida fica.
No meio de tantas críticas, ele também apresentou algumas mudanças nas políticas da Meta. Elas prometem ser menos severas, mas ainda firmes contra conteúdos tóxicos. Em resumo, o foco agora é evitar silenciar vozes legítimas e corrigir os erros do passado.
É uma tentativa de equilibrar a balança – sem abrir mão do controle, mas sem sufocar a liberdade.
Zuckerberg não está sozinho nessa briga. Elon Musk já mexeu os pauzinhos no X para dar mais liberdade aos usuários, levantando debates sobre o limite entre expressão e responsabilidade.
No fim das contas, Zuckerberg está apostando alto. O discurso soa bem, mas o mundo está cansado de promessas. A pergunta é: ele vai conseguir bancar essa postura sem tropeçar no caminho? A única certeza é que essa história está longe do fim.